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Ji-Paraná atinge 3,85% da meta de 50% na redução de acidentes de trânsito

Quarta-feira, 27 Abril de 2016 - 14:40 | Da Redacao


Ji-Paraná está longe de atingir o objetivo previsto pelo Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito, instituído em 2011 pelos Ministérios das Cidades e da Saúde. Da intenção de diminuir em 50% o número de acidentes, até agora só foram alcançados 3,85%, ou seja, faltam ainda 46,15%. Preocupada com este e outros números do município, a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), reuniu no auditório do Detran de Ji-Paraná, autoridades e especialistas para discutir esta questão em nível local. A ideia é, a partir das diretrizes do Pacto, construir a versão ji-parananense do Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a Década 2011-2020.

Este decênio foi eleito pela Organização das Nações Unidas como a “Década de Ações para a Segurança Viária” e, para tanto, o órgão recomendou aos países do mundo que criassem um plano diretor para guiar as ações até 2020, tendo como meta reduzir as ocorrências com ou sem vítimas no trânsito. A recomendação deu origem ao Pacto Nacional que, por sua vez, orientou o Plano Nacional, com aplicação em nível municipal.

Na primeira palestra do dia técnicos do Detran de Porto Velho apresentaram dados que traçaram um quadro real do trânsito de Ji-Paraná. Segundo estatísticas do órgão, a cidade fechou o ano de 2015 com cerca de 81 mil carros, o que dá ao município a condição da segunda maior frota urbana do Estado, só tendo Porto Velho à sua frente. Rodando pelas ruas e avenidas havia no final do ano passado 33 mil motos, motonetas e ciclomotores, número maior do que o de carros de passeio. Os acidentes mais comuns com este contingente motorizado são as colisões laterais e as transversais em vias de mão única e também em cruzamentos. A maior parte dos acidentes se dá durante o dia, embora à noite ocorram os de maior gravidade e com vítimas fatais; e a autuação mais comum aos motoristas é dirigir sem habilitação.

O comandante do destacamento de Ji-Paraná do Corpo de Bombeiros, José Aparecido dos Santos, declarou no evento que em 2015 seus homens atenderam 1.364 ocorrências de trânsito. “Este ano, em apenas em apenas 3,5 meses elas são chegaram a 417. Isso é muito preocupante”, disse. O diretor do Hospital Municipal, o médico Antelmo Ferreira, comentou que estes números se desdobram em internações e muitas cirurgias, em grande parte ortopédicas que atualmente são feitas apenas em Cacoal e em Porto Velho. “Não há como desvincular o trânsito do serviço público de saúde. Esta é mais uma epidemia que precisamos combater, a epidemia dos acidentes de trânsito. O antídoto para essa situação é, a médio e longo prazo, criar consciência por parte do cidadão que vai para o trânsito, a pé ou motorizado;  e a curto prazo a repressão”, alertou. O professor José Antonio de Medeiros, da Coordenadoria Regional de Educação, colocou a rede estadual de educação em Ji-Paraná à disposição para que mais campanhas sejam dirigidas aos alunos. "Não podemos deixar de atuar junto aos futuros motoristas com palestras, informação e atitudes educativas", proferiu.

Edna Carvalho, do setor de Vigilância de Agravo de Acidentes da Agevisa, frisou ao Rondoniagora que é preciso a todo custo diminuir os números de acidentes de trânsito nas principais cidades de Rondônia. “Esse é o nosso grande desafio aqui no Estado. Estamos indo até os municípios com mais veículos ou mais acidentes e fazendo um trabalho inter-setorizado”, pontuou. Ela solicitou que as parcerias sejam formadas em Ji-Paraná com a Prefeitura, a Câmara e outros órgãos governamentais, além de empresas e entidades da sociedade civil. “Precisamos mais do cumprir as determinações da ONU e do Pacto Nacional do governo federal, trabalhar com eles e transformar os conceitos em ações concretas”, concluiu.

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