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Escola considera possibilidade de mal súbito em paraquedista que morreu no último sábado

Quarta-feira, 23 Agosto de 2017 - 09:03 | da Redação


Escola considera possibilidade de mal súbito em paraquedista que morreu no último sábado

Com 24 anos de atuação em Porto Velho, a escola de paraquedismo Amazon Jump garante que a segurança é o principal fator observado durante as aulas dos cursos oferecidos e saltos de atletas e amadores.

Segundo o instrutor e responsável técnico da área, Yghor Rocha, qualquer pessoa pode saltar desde que, se não tiver o curso paraquedismo, seja acompanhado de um instrutor, o chamado salto duplo. “Para saltar sozinho, primeiramente o aluno deve passar pelo curso teórico e salto nível I. Todas as instruções são revisadas antes do salto, é montado um ‘passo-a-passo’ do que o aluno deve fazer desde o momento de saltar até a hora de pousar”, explica.

O instrutor adianta que incidentes acontecem e fazem parte do esporte. “Ralar um pouco na hora de pousar, torcer um pulso ou um pé é normal. Temos kits de primeiros socorros na escola para atendimentos básicos e estamos sempre atentos à checagem dos equipamentos antes do salto, o aluno ou atleta nunca faz isso sozinho, sempre acompanhado de um instrutor”, completa.

Quanto ao primeiro acidente fatal registrado pela escola no último sábado (19) em todos os anos de trabalho na capital, e que vitimou o tenente do Exército, Diego Monteiro, o instrutor diz que não é possível descrever com precisão o que aconteceu. “Os peritos da Confederação (a escola é filiada à Confederação Brasileira de Paraquedismo) conseguiram identificar que o paraquedas dele abriu, mas ele não ‘desfreou’ uma das duas alças de navegação que, quando o paraquedas abre, estão em posição de freio”, revela Yghor.

Caso apenas uma seja desbloqueada, isso ocasiona um giro, como se o atleta fizesse a descida em espiral. “Não sabemos o motivo dele não ter desfeito a outra alça de navegação, e porque ele não ter desconectado o principal e acionado o reserva, se ele desmaiou, ou teve um mal súbito, não dá para saber. O que sabemos é que ele era um atleta muito cuidadoso com o corpo, com saúde, não era de ‘noitada’, era muito família, super centrado. Esse era 33º salto dele”.

Para saltar, Yghor indica uma boa noite de sono, um preparo mental para o salto, analisar a condição de vento e se com aquela intensidade de vento ele pode saltar. “Cada categoria exige uma intensidade. A I é para quem acabou de entrar no esporte, a categoria A é para quem tem mais de 25 saltos, a B é para quem tem mais de 50, a C para os experientes com mais de 250 saltos, e a D para os que tem mais de 500 saltos. Entre outros quesitos que são avaliados, cada um tem uma intensidade máxima de vento que pode saltar. Tudo é organizado, inclusive a sequência de saída do avião na hora do salto”, conta o instrutor.

Para ser instrutor, Yghor declara que é necessário ter, no mínimo a categoria D, com mais de 500 saltos, e uma carta indicação de outros profissionais mais experientes, que é enviada para a Confederação Brasileira de Paraquedismo, credenciando o candidato à formação como um atleta que tem condições técnicas, e no curso é feita uma avaliação teórica com mais de 100 questões, onde é preciso um acerto de pelo menos 85%, e só então o candidato vai para prática. São três saltos de avaliação, e há o estágio supervisionado que dura dois anos, onde sendo aprovado o candidato passa de mestre de salto a instrutor.

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