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Oferta de empregos temporários cai e procura por emprego no Sine aumenta

Neste ano, pouco mais de 600 pessoas conseguiram emprego através do Sine. Falta de qualificação prejudica.

Sexta-feira, 02 Dezembro de 2016 - 11:15 | Uil Cavalcante, sob supervisão de Ivanete Damasceno


Oferta de empregos temporários cai e procura por emprego no Sine aumenta
(Foto: Secom Rondônia)

Um levantamento do Sistema Nacional de Empregos (Sine) de Rondônia mostra que, em Porto Velho, somente 629 pessoas conseguiram se efetivar no mercado de trabalho neste ano, dos mais de 5.970 que foram encaminhados para concorrerem às vagas disponíveis no órgão. Nem mesmo a chegada do período de contratações temporárias, em função do aquecimento de vendas no fim de ano, tem facilitado a vida dos trabalhadores. Fora a oferta de menos vagas, o principal fator seria a pouca qualificação profissional para as exigências das vagas disponíveis.


Um levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado (Fecomércio-RO), previa a oferta de 810 vagas de empregos temporários em todo o estado - que exclui as vagas ofertadas pelo shopping de Porto Velho. Nem a Fecomércio nem a Câmara dos Dirigentes Lojistas informaram que a quantidade foi efetivada e se a oferta aumentou. Por outro lado, a procura por recolocação no mercado de trabalho no Sine estadual cresceu.

O armador Eduardo Nunes de Carvalho está desempregado há um ano. Ele conta que todos os dias levanta cedo, vai até o Sine, mas não tem sido fácil. “Eu estou aqui todo dia atrás de emprego, mas nunca tem vaga na minha área. Eu estou topando trabalhar de qualquer coisa, pedreiro, carpinteiro, zelador, o que for, quero é ganhar dinheiro, principalmente agora que é época de final de ano”, diz Eduardo.

A mesma busca faz Emerson, desempregado há sete meses, mas até agora, tem sido em vão. “Nesse tempo todo eu já perdi as contas de quantas vezes vim ao Sine, e nada de me encaminharem para entrevista. Eu preciso trabalhar”, diz o carpinteiro Emerson.

Segundo o técnico do Sine estadual Levi Passos, houve uma queda na quantidade de vagas ofertadas pelas empresas. Em 2015 chegaram a 5.092, mas neste agora, até o fim de novembro foram 3.012. “Diariamente o Sine atende em média 70 pessoas. A procura, na maioria das vezes, é na área de construção civil. Agora no fim de ano há um pequeno aumento, mas mesmo assim ainda de forma tímida”, afirma Passos.

Conforme o órgão, a partir do momento em que a pessoa faz o cadastro, ela fica apta a concorrer as vagas que ela se encaixa conforme o perfil. Quando surgem as vagas de emprego, são selecionadas as pessoas que se encaixam com as exigências e elas são encaminhadas para entrevistas. Por mês, são cerca de 1.100 pessoas encaminhadas, mas muitas acabam não se encaixando por falta de qualificação. Em 2015, foram encaminhados 12.641 candidatos para passar por seleção com o contratante. Já neste ano, o número está menor, 5.970.

“Quando surge a vaga em nosso sistema, sempre é pedindo qualificação dos candidatos, e na maioria das vezes eles não têm cursos de capacitação e acabam perdendo a vaga para o concorrente que se preparou”, afirma Levi.

Com experiência como armador, Ronaldo Ferreira, de 42 anos, está desempregado há mais de seis meses e já capinou até quintal para sustentar sua família. “Eu já fiz vários serviços que não são da minha área para não deixar faltar comida em casa, mas minha experiência é como armador. Nessa falta de emprego, dificulta a vida da gente”, disse.

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