Três mães da Vila Princesa recebem cestas básicas do Supermercado Araújo

Para muitas famílias, o Dia das Mães é momento de fartura e casa cheia. Mas, para as mulheres da Vila Princesa é mais um domingo como outro qualquer. Para tentar fazer uma pequena diferença, o Rondoniagora se uniu ao Supermercado Araújo para contar a história de três mulheres e entregar uma cesta básica para cada uma.

Maria Matias
Há mais de dez anos trabalhando no lixão, Maria Matias ainda carrega escondido um leve sorriso no rosto. Já foram tantas as dores, mas nenhuma conseguiu destruir o sonho que a faz levantar todos os dias antes dos primeiros raios de sol: “ter uma casa boa para morar”.

A catadora mora sozinha e consegue cerca de R$ 300 da venda do material reciclável. A casa é de madeira e foi construída com essa renda. Sobre sonhos, ela não tem dúvidas: “ter uma casa boa para morar e mesmo tendo essa que hoje eu me escondo dentro, se eu pudesse, com certeza, eu teria uma casa muito melhor e mais confortável. Eu peço a Deus todo dia e eu sei que ele vai me ouvir”, diz a mulher.

Para este domingo, Dia das Mães faz questão de deixar uma mensagem. “Quero dizer para todas as mães do mundo que elas sejam muito felizes nessa data especial e que Deus esteja sempre conosco”.

Gerselene Ferreira de Souza
A mais jovem das três, apenas 35 anos. No lixão, catando material reciclável, já são 14 anos. Tímida e de poucas palavras, Gerselene também sonha com uma melhor moradia. “Eu sempre sonhei em ter uma casa confortável para morar com minha família. Toda luta que enfrento todos os dias é para vê-los sendo alguém na vida quando crescerem”, diz a mãe.

Dona de casa e mãe de cinco filhos, Gerselane enfrenta o dia a dia no lixão para ajudar seu esposo no sustento da família. Morando em uma pequena casa de dois cômodos, ela se orgulha em falar que todo seu esforço fez ela tem um teto para morar. "Nesse tempo todo trabalhando no lixão eu consegui comprar esse terreno e construir minha casinha junto com meu esposo que também batalha muito todos os dias atrás de materiais recicláveis".

Maria Augusta Miranda Gomes
Aos 70 anos, mãe de 12 filhos e mais de 17 anos no catando material reciclável. Já passou por tanta discriminação, que apenas ignora. Morando em uma casa de madeira de apenas um cômodo construída com muito sacrifício e trabalho a catadora de materiais recicláveis sobrevive com o pouco dinheiro arrecadado com a venda dos materiais e de sua aposentadoria que conseguiu após um acidente doméstico que lhe deixou sequelas. Confira a história dela.