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Cassol e suas estratégias

Sábado, 17 Outubro de 2009 - 10:49 | Walmir Miranda


CASSOL E SEU “LABIRINTO ESTRATÉGICO” - (1)



O leitor destas mal traçadas continua matutando, certamente, na forma com a qual o governador Ivo Cassol (PP) continuará conduzindo o “labirinto estratégico” que criou, para nos próximos dias dizer à opinião pública a quem concederá seu apoio com referencia às candidaturas de João Cahúlla (atual vice-governador) e Expedito Júnior (senador do PSDB) à sua própria sucessão em 2010.

CASSOL E SEU “LABIRINTO ESTRATÉGICO” - (2)

Muita gente, com toda razão, está preocupada por vários motivos. O principal deles é a vontade de analisar a possibilidade de votar no nome que ele, Ivo Cassol, passar a indicar.
Se Cahúlla ou Expedito Júnior, ainda não se sabe.
A preocupação do leitor tende a aumentar, na medida em que tentar compreender que, o governador deixou o PPS para filiar-se ao Partido Progressista (PP), recentemente.
Já o senador Expedito Júnior deixou o Partido da República (PR), cujo líder maior é o empresário e vice-presidente da República, José Alencar (que está travando uma luta muito grande contra um câncer estomacal), para ingressar nas fileiras do PSDB (partido pelo qual Ivo Cassol ganhou o seu primeiro mandato). Lembram? Pois é.
O vice-governador João Cahúlla, por sua vez, não saiu do PPS, ou seja, não acompanhou Cassol em sua mudança para o PP.
E aí? Como fica esse “labirinto estratégico” com vistas às eleições de 2010?
É o que muita gente está se perguntando.

CASSOL E SEU “LABIRINTO ESTRATÉGICO” - (3)

Nesse “angu”, até agora, a oposição não quis meter à mão.
Está assistindo de camarote, para ver no que tudo isso vai dar. Mas na verdade a oposição ao governador Ivo Cassol está torcendo por uma ruptura de grandes proporções nas hostes “cassolistas”, ou seja, que Expedito e Cahúlla terminem mesmo em palanques opostos, porque assim (entendem oposicionistas ao governo) esse grupo resultaria enfraquecido no embate eleitoral do próximo ano.
Isso, sem dúvida, faz sentido sim. Porque o “time” da esquerda liderado por PMDB, PT, PDT, PC do B e uma meia dúzia de siglas nanicas deverão marchar juntos, em 2010, outra vez.
Há quem diga que tal convicção também se basearia no fato que, tanto o PMDB quanto o PT, não teriam nomes bem fortes para, isoladamente, tentarem vencer o grupão que Cassol estaria querendo formar, para manter sob o seu domínio político o Palácio Presidente Vargas.
Isso, convenhamos, faz sentido também.

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Entretanto, existem, alguns componentes nesse “jogo político” que não podem ser desprezados.
São eles: a) verticalização partidária (a partir das coligações que surgirão provenientes das executivas nacionais), após as definições dos candidatos à presidente da República, com vistas à sucessão de LULA; b) Já se sabe que PT, PSDB e PPS terão candidatos à presidência. São eles: Dilma Rouseff (PT), José Serra ou Aécio Neves (PSDB) e Ciro Gomes (PPS). Outras candidaturas também poderão surgir, como por exemplo, a da ex-ministra do meio ambiente e senadora Marina Silva (pelo Partido Verde), que deixou o PT após mais de 30 anos de militância; c) O partido Progressista (PP), de Ivo Cassol, ainda não acenou com à vontade de ter candidato próprio para Presidente da República. Se isso não ocorrer, o PP estará livre para coligar-se com quem quiser nos estados; d) O PMDB, mesmo ainda sendo o maior partido brasileiro deverá aceitar o “posto” de vice-presidente na chapa de Dilma - (Michael Temer, presidente da Câmara dos Deputados poderá ser o indicado). Até porque ninguém acredita numa ruptura entre PMDB e PT a nível nacional. O PMDB sabe que ainda é a “muleta” perfeita para os sonhos e desejos do PT, e seus caciques querem mesmo é manter-se no estrelado das luzes da ribalta. Também porque muitos deles jamais se acostumariam com a “solidão do poder”. E muito menos ficar de fora da “aplicação” dos bilhões de reais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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E para Rondônia no que essas situações influenciariam?
Está aí uma boa pergunta.
Simples. Muito simples.
O PP de Ivo Cassol poderia ficar livre para se coligar com quem quiser, ou seja, poderá se coligar com o PPS de Moreira Mendes (deputado federal e presidente regional da sigla), vez que, João Cahúlla, como já dissemos, continua filiado ao ex-partido do governador. Portanto, existe sinal verdade para essa possibilidade sim.
Na outra ponta da questão, o PP de Ivo Cassol, também pode avaliar o quanto quiser a possibilidade de “juntar-se” ao PSDB de Expedito Júnior com vistas à disputa pelo governo do Estado.
Só que, nesse caso, o PPS não poderá coligar-se com o PSDB, por este pretender lançar candidatura própria para Presidente (José Serra ou Aécio Neves).
E aí?
Aí resta analisar o poder de fogo que o DEMOCRATAS poderia vir a ter nessa conjugação de forças, ou seja, se decidir se coligar com o PSDB de Expedito Júnior.
Na questão, não se poderia ignorar jamais o carisma político e a força de votos de José Bianco (dono de um dos currículos mais ricos na política tupiniquim). Bianco já foi deputado estadual constituinte, senador e governador. E, atualmente é prefeito municipal de Ji-Paraná pela terceira vez.

CASSOL E SEU “LABIRINTO ESTRATÉGICO” - (6)

Há que se considerar também as possibilidades de partidos como PDT (Acir Gurgacz) e PSB (Mauro Nazif), que para muitos dificilmente retornará à Câmara Federal.
O primeiro tem solidez e estrutura para tocar uma candidatura ao governo ou ao senado à hora que quiser. Se para ganhar ou não, aí são “outros quinhentos” como diz o adágio popular. Porém, Acir recebeu boas votações nos pleitos disputados. Isso não se pode negar.
E se, de repente, por um desses caprichos da política, Acir esquecer as “aregas” com Expedito e Cassol, e resolver integrar algum projeto alternativo juntando-se aos dois?
Aí, a coisa certamente poderia ficar “preta” para PMDB, PT, PC do B e PSB.
Já o deputado Lindomar Garçom (PV) precisa analisar bem em qual palanque quer ficar. É que, a candidatura de Marina Silva irá colocá-lo numa verdadeira “saia justa”. O deputado deve estar analisando isso, certamente.
E já pensou se de uma hora para outra, o povo for surpreendido por um “chapão” composto por PP, PPS, PTB, PDT, DEM, PSDC, PTN, PSC e PSL (de Odacir Soares)?
Aí vai haver choro e ranger de dentes de muita gente.

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Mas enquanto às definições não vem, o remédio é aguardar.
Aguardar, acompanhando de perto, o “labirinto estratégico” que o governador deve estar “tocando” com vistas à eleição de seu sucessor.
E não é apenas isso.
Mas também, o nome que estará “coligado” ao de Ivo Cassol para a segunda cadeira de Senador que estará em jogo em 2010, pela bancada de Rondônia.
Isso porque, Valdir Raupp (PMDB) e Fátima Cleide (PT) terão de tentar a reeleição e, entre os dois há quem diga que o peemedebista tem maiores possibilidades de se reeleger, já que uma das duas cadeiras tem como favorito: Ivo Cassol (PP).
Vale considerar que, para somar forças políticas com o governador, se JOSÉ BIANCO (DEM) topar disputar (outra vez) o Senado, é justo reconhecer que até a reeleição de VALDIR RAUPP correria certos riscos, por conta da densidade eleitoral de Ivo Cassol que, certamente, onde for irá pedir votos para o seu parceiro. Também porque não se pode negar que José Bianco é bom de voto, principalmente na região central do Estado.
É aí que a porca torce o rabo.
Portanto, o “labirinto estratégico” supostamente armado pelo governador não deve estar ignorando nenhuma dessas possibilidades. Embora às convenções ainda estejam longe e, portanto, muita água ainda pode passar por debaixo dessa ponte.
Afinal de contas, em política tudo é possível.
Sendo assim, quem ninguém deixe de considerar, também, a intenção de Ivo Cassol decidir confirmar o nome de João Cahúlla para sua sucessão ao governo. É só perceber que, inaugurações de obras e lançamentos de grandes empreendimentos do Executivo, além de eventos estaduais em Porto Velho e no interior do Estado estão tendo a presença marcante do vice-governador.
O problema é: como os milhares e milhares de “cassolistas” iriam entender a situação de Expedito Júnior em relação a essa possível decisão do governador. Principalmente pelo trabalho que tem realizado no Congresso Nacional, se mostrando parceiro dedicado e leal ao governador Ivo Cassol.
Como já dissemos, o remédio é aguardar um pouco mais para saber como esse “labirinto político” terá o seu final.
Voltaremos ao assunto.

CAMURÇA

Depois de ter ficado um bom tempo fora das disputas políticas, o ex-deputado federal e ex-prefeito de Porto Velho, Carlinhos Camurça, saiu do PMDB e ingressou no Partido Progressista (PP), do governador Cassol.
Ele ainda não declarou abertamente se disputará uma cadeira para a Assembléia Legislativa ou se para a Câmara Federal.
A surpresa ficou por conta dele e Cassol terem conversado como gente civilizada, esquecido as “arestas” do passado e resolvido estar no mesmo palanque em 2010.
Cassol ganhou mais uma, porque a estrutura que Carlinhos Camurça possui é algo simplesmente espetacular, para encarar uma campanha eleitoral majoritária.
E, nesse episódio, o PMDB parece que perdeu mais um importante valor na Capital. É o que se houve dizer nos quatro cantos de Porto Velho.

CONFIRMADO

Fernando Prado (Grupo Uniron) foi nomeado para o cargo de presidente do Diretório Municipal do Partido Progressista (PP) em Porto Velho.
Prado está apoiadíssimo pelo governador Cassol e já iniciou o planejamento objetivando a unificação e o fortalecimento do Partido Progressista com vistas às eleições do próximo ano, nas quais ele pretende disputar uma das 24 cadeiras da Assembléia Legislativa.
De quebra o partido do governador ganhou também espaços generosos na emissora de rádio que a família de Fernando Prado possui na Capital.

DEU “XABڔ ?

Parece que sim.
Pelo menos é o que se escuta pela cidade a respeito da PEC dos Vereadores que após ser aprovada no Senado, ainda não vingou, ou seja, não se materializou.
Mas as esperanças continuam acesas.
Mais de 6.000 suplentes, que tiveram votação expressiva no pleito municipal passado aguardam pelo instante de suas posses.
O problema é que o Supremo Tribunal Federal não está se mostrando favorável a essa “bendita” PEC.
Entretanto, fica a torcida para que uma saída honrosa seja encontrada para a questão.

CICLISTAS

Eles e elas continuam “pintando e bordando” no trânsito perigoso e assassino de Porto Velho. Não respeitam a sinalização. Trafegam na contramão. Invadem as vias preferenciais. Estacionam onde bem entendem. À noite não usam faróis ou “olhos de gato” nos pedais, etc.
É por isso que continuam sendo atropelados, mutilados e mortos.
Quem deve gostar disso são os proprietários de Casas Funerárias, que ficam cada vez mais ricos, face às irresponsabilidades cometidas pelos ciclistas.
Pior na questão é que, nem o Detran e nem a SEMTRAN fazem campanhas educativas (intensas), de forma a orientar os ciclistas a entenderem que não existe vida no crediário. Que eles e elas precisam respeitar a legislação de trânsito imposta aos motoristas e motociclistas.
O resultado é o quer aí está: acidentes e lares sendo enlutados todos os dias.
Sabe Deus quando é que esse pesadelo irá ter fim.

MOTOTAXISTAS

Não somos e nunca fomos contra a legalização da profissão de mototaxista. Pelo contrário, consideramos que a regulamentação dessa profissão no Brasil se fazia necessária, para que a mesma viesse a ser praticada com dignidade, dentro dos parâmetros legais.
Só que, a coisa está se transformando em “pesadelo”, principalmente em Porto Velho, onde basta alguém possuir uma motocicleta, colocar um capacete e uma camiseta escrita nas costas “MOTOTAXISTA” para sair pela aí transportando seres humanos.
O resultado disso é que a classe dos verdadeiros mototaxistas está sendo “contaminada” por maus elementos que, inclusive, já teriam estuprado duas garotas em Porto Velho nos últimos dias, segundo registros policiais.
Mais: tem “mototaxista” trafegando em alta velocidade, desrespeitando os espaços nas vias públicas, fazendo ultrapassagens perigosas e, por causa da pressa, causando dezenas e dezenas de acidentes. A maioria dos quais, segundo as estatísticas, com vítimas fatais.
Os canais competentes precisam resolver isso o mais rápido possível, através de uma fiscalização rigorosa no trânsito, principalmente à noite, onde os abusos se multiplicam por parte desses pseudos mototaxistas.
A população de Porto Velho está clamando por isso.
E a imprensa também.

ATÉ A PRÓXIMA, PREZADOS LEITORES !!!
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