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Julgamento por mortes de irmãos no baixo madeira será dia 23

Sexta-feira, 13 Agosto de 2010 - 11:39 | TJ-RO


Será no próximo dia 23, no plenário da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Velho, o julgamento de Jessé Passos Moreno, acusado de matar e jogar no rio dois irmãos de 10 e 16 anos, em março deste ano, na região conhecida como Baixo Madeira, na capital de Rondônia. O réu, em companhia de um adolescente, teria estuprado e mantido em cárcere privado os três irmãos e depois ocultado os corpos de duas das vítimas. Ele será julgado por júri popular.



Jessé foi pronunciado (decisão de levá-lo a júri popular) pelo juiz Enio Salvador Vaz e será julgado pelo crime de homicídio, com agravantes de que os assassinatos tiveram motivação banal (motivo torpe), utilizando meio cruel, pois os irmãos foram mortos a pauladas e sem chance de defesa. Ainda pesa contra o réu o fato de que o homicídio foi praticado para ocultar crimes anteriores (ele manteve os irmãos presos num casebre e os estuprou por diversas vezes).

Além disso, relatou o magistrado, Jessé responderá também pelos crimes de ocultação de cadáver, cárcere privado, estupro e corrupção de menor de 18 anos, esse último com relação ao comparsa na prática criminosa. A irmã do meio, que tem 14 anos, sobreviveu à tragédia no Baixo Madeira e foi ouvida pela Justiça como testemunha dos crimes.

O assassinato brutal dos dois irmãos provocou grande comoção social no Estado. Em março de 2010, ao retornarem de Porto Velho para a Gleba Jamari, zona rural da cidade, a cerca de 55 Km da capital, os pais dos três irmãos não encontraram mais os filhos. Depois de dias de buscas na região, o mistério foi solucionado com a prisão de Jessé e do adolescente. Entre os dias 30 de março e 8 de abril eles mantiveram a única sobrevivente presa, sob ameaças e violência, abusando sexualmente da menina. Os dois irmãos dela, um de 10 e a outra de 16, segundo a denúncia do Ministério Público do Estado, foram mortos ainda no dia 31 e jogados numa área de grande profundidade, no remanso das águas do rio Madeira. Os corpos nunca foram encontrados.

No julgamento de Jessé, não será o juiz quem decidirá se ele é culpado. Um conselho de sentença, formado por sete pessoas sorteadas no início da sessão, dará o veredito sobre as acusações feitas ao réu. Na defesa prévia, antes da pronúncia de Jessé, o advogado do acusado alegou que não havia crime de homicídio, pois não havia certeza sobre a morte das vítimas, além do que, pelos outros crimes, pediu julgamentos diversos, em outra vara da justiça, que não a do tribunal do júri, que só julga crimes dolosos contra a vida. Os argumentos da defesa não foram suficientes para evitar o julgamento. Rondoniagora.com

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