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Política

Mangabeira Unger lança Rondônia como modelo de desenvolvimento

Terça-feira, 14 Junho de 2011 - 14:51 | Decom


Consultor do governo de Rondônia para projetos ligados ao desenvolvimento sustentável, o ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Roberto Mangabeira Unger está de volta a Rondônia para mais um ciclo de palestras e debates sobre projetos de desenvolvimento sustentável. Mal aterrissou na segunda-feira em Porto Velho, o professor da universidade de Harvard, a mais importante instituição de ensino superior dos Estados Unidos, teve que correr para cumprir intensa agenda que foi até noite adentro.



Unger vem colaborando com o governo do Estado na elaboração de um plano de desenvolvimento para todas as regiões do estado. Na segunda-feira, o assunto foi a criação da Fundação de Amparo à Pesquisa de Rondônia (Fapero). A primeira conversa foi com o cientista Luiz Hildebrando, do Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais (Ipepatro) e com os pesquisadores Rodrigo Stabile, representante da Fiocruz, e Majuro Shugiro Tada, do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical de Rondônia (Cepem).

Pesquisa

A proposta da Fundação de Amparo à Pesquisa é criar uma agência de fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico, que pode ser de direito privado ou público e pode, ou não, estar vinculada a governos (municipais, estadual ou federal). Terá como missão primordial a indução e o incentivo à pesquisa e inovação científica e tecnológica.

Entre suas atribuições estão financiamentos de pesquisas por meio de bolsas, contribuição para solidificar grupos de pesquisa científica e tecnológica, promover integração entre os setores produtivos e instituições de ensino e pesquisa, realizar eventos de caráter científico e tecnológico, realizar intercâmbios entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros e divulgar o de resultados de pesquisas.

Segundo Mangabeira, em geral, fundações afins atuam principalmente como canais das instituições de pesquisa e de universidades junto às entidades e empresas públicas e privadas, para a realização de atividades de cooperação técnicas e prestação de serviços, fomentando o desenvolvimento regional.

O professor enfatizou a necessidade de o projeto se tornar mais abrangente, não focando apenas Rondônia, mas numa perspectiva de inserção no restante do Brasil. “Temos que ousar e Rondônia têm competência pra isso”, fala Mangabeira.

Um encontro em fevereiro resultou na elaboração da mensagem do governador Confúcio Moura à Assembléia Legislativa do Estado (ALE) propondo a criação da nova estrutura governamental de apoio à ciência e tecnologia, além do texto proposto para a lei de criação da Fapero. O texto, segundo o deputado Edson Martins, deverá seguir para análise nas comissões.

A instalação da Fapero é um sonho antigo da comunidade científica que atua em Rondônia. “Aqui fazemos ciência com muita dificuldade. Contamos com apoio apenas de órgãos de fomento federais cuja abrangência é limitada. Com a implantação da Fapero o crédito à pesquisa científica seria muito mais abrangente”, lembrou o representante do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical de Rondônia (Cepem), Mauro Tada.

Para o cientista Luiz Hidelbrando, “Rondônia precisa de estrutura física e instrumental para formar os seus pesquisadores e a Fapero é a solução não só para os pequenos problemas, mas para caminhar com as grandes instituições de pesquisa nacionais implantadas no Estado, como a Fiocruz, que desenvolve um trabalho extraordinário na área de saúde, a Embrapa, que faz pesquisas de ponta na área da agropecuária, entre outros. A Fapero é peça estratégica e fundamental para o processo de industrialização que está acontecendo em Rondônia atualmente”.
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