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Secretária volta dos EUA e traz sugestões para melhorar ensino; Universidade bancou custos

Quarta-feira, 14 Novembro de 2012 - 17:12 | Decom


Retornando da viagem que fez aos estados Unidos, onde participou de seminários e visitas técnicas em Massachusetts e Washington, a professora Isabel Luz, titular da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), traz para Rondônia uma visão enriquecida pelas pesquisas desenvolvidas pela Universidade Harvard.



A secretária viajou a convite da Universidade de Juiz de Fora, instituição que firmou parceria institucional para a implantação do Sistema de Avaliação Educacional de Rondônia (Saero), primeiro item das sete metas para a educação estabelecidas em 2011 pelo governador Confúcio Moura.

O seminário em Massachusetts teve como tema avaliação e currículo. “Como nós agora vamos começar a trabalhar com o Saero, então os estados envolvidos vão estar participando desse seminário, num total de dezoito estados”, explica Isabel Luz. A reunião de que ela participou foi presidida pelo secretário de Educação de Massachusetts e conduzida por um coordenador da Universidade Harvard.
A Universidade Federal de Juiz de Fora tem um convênio com Harvard. O trabalho de avaliação é um convênio com Harvard, que também é um centro de excelência de educação reconhecido internacionalmente.
O fato de Rondônia ainda não estar com o currículo escolar definitivamente implantado, diferentemente dos outros dezessete estado presentes ao encontro, tornou a participação no seminário ainda mais oportuna para a secretária Isabel Luz. Somente em 2013 será entregue o primeiro currículo e haverá a oportunidade de evitar cometer os erros que foram relatados pelos representantes de outros estados. “Nosso currículo ainda está em aberto, então vamos ter oportunidade de, durante o ano, ir promovendo os ajustes para chegar a um currículo que efetivamente atenda as necessidades rondonienses”, observa a secretária.
Massachusetts é o estado mais desenvolvido na área de educação nos Estados Unidos. O secretário de educação anfitrião expôs na abertura do evento a experiência do governo estadual e tudo o que está sendo feito pelo melhoramento da educação. Isabel Luz observa que lá esse é um trabalho permanente, contínuo. Os trabalhos, presididos por um dos coordenadores da Harvard, prosseguiram com vários professores de graduação da universidade falando sobre formação de professores, acompanhamento de metas, sempre abordando temas pertinentes às ações para melhoramento da educação.
“Foi uma troca de experiências bem interessante”, avalia a secretária, observando que uma coisa que lhe chamou a atenção é que enquanto no Brasil as atenções se concentram na exemplaridade das escolas que atingiram as metas, nos Estados Unidos o foco é lançado sobre as que não atingiram suas metas. “Lá eles têm uma atitude diferente da nossa, a secretaria vai à escola e dá um prazo para o diretor, se ele não atingir a meta dentro do prazo, a secretaria intervém na escola”, explicou.
Em linhas gerais, Isabel Luz diz ter observado que tanto os americanos como os brasileiros querem a mesma coisa: que o aluno aprenda. A diferença, segundo ela, está na maneira de perseguir esse objetivo. “Lá nos Estados Unidos, a universidade, o sindicato e o governo trabalham juntos. Podem não estar juntinhos, mas buscam sempre uma parceria”. No Brasil, segundo a secretária, enquanto o governo trabalha de um lado, a universidade atua de outro e o sindicato também de outro. “O sindicato se volta mais pro lado financeiro, a secretaria se volta mais pra qualidade do ensino e a universidade às vezes não fala nada com a gente, ela não se posiciona”, afirma.
Nos Estados Unidos, os secretários de estado brasileiros foram não só a Massachusetts, mas também a Washington, onde visitaram os dois maiores sindicatos dos Estados Unidos e também o Ministério da Educação.
O deslocamento foi custeado pela Universidade Federal de Juiz de Fora, que cobriu as despesas de passagem e hospedagem. Isabel Luz informa que recebeu apenas uma ajuda de custo, que é direito de todo servidor, quando tem uma viagem custeada por outra entidade e que tem o valor de metade de uma diária. “Inclusive eu poderia levar dois técnicos comigo, também custeados pela universidade, mas como havia toda uma questão de obter visto, então não ficou viável, mas todos os outros secretários foram acompanhados do seu staff”, observou.
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