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A CAPITAL DO CAOS E ARRECADAÇÃO CRESCENTES - Por Ivonete Gomes

Terça-feira, 05 Abril de 2011 - 18:08 | Ivonete Gomes


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A fiscalização da aplicação de verbas públicas e a execução de obras caberiam àqueles que aprenderam o santo amém.


Assim sendo, hoje, Roberto Sobrinho (PT) certamente não elegeria qualquer ungido a exemplo da eleição passada quando amargou a rejeição do eleitor em torno do nome de Israel Xavier.  Candidato a deputado federal, o secretário que tem a predileção de Sobrinho foi o mais agraciado financeiramente, fez uma campanha visual de majoritário, apareceu em programas de rádio e televisão ao lado do prefeito e, mesmo com todo o aparato, sagrou-se derrotado com pífia votação. Embora alguns companheiros acometidos de cega paixão ventilem ser esta a melhor administração da história política da capital de Rondônia, ainda restam as urnas para a comprovação dessa pseudo aprovação popular.

Assim sendo, hoje, Roberto Sobrinho (PT) certamente não elegeria qualquer ungido a exemplo da eleição passada quando amargou a rejeição do eleitor em torno do nome de Israel Xavier.  Candidato a deputado federal, o secretário que tem a predileção de Sobrinho foi o mais agraciado financeiramente, fez uma campanha visual de majoritário, apareceu em programas de rádio e televisão ao lado do prefeito e, mesmo com todo o aparato, sagrou-se derrotado com pífia votação. Embora alguns companheiros acometidos de cega paixão ventilem ser esta a melhor administração da história política da capital de Rondônia, ainda restam as urnas para a comprovação dessa pseudo aprovação popular.

Acostumado a não ter voz no Legislativo municipal, o portovelhense começa a demonstrar através de alguns poucos meios de comunicação que não anda satisfeito com as obras inacabadas, falta de transparência da atual administração na aplicação dos recursos de compensação das usinas e má qualidade de absolutamente todos os serviços prestados. Em tempos de peleguismo sindical, Roberto Sobrinho tinha a alcunha de “Cascão” por lembrar fisicamente o personagem de quadrinhos do cartunista Maurício de Souza, hoje faz jus ao apelido por ser o prefeito de uma das cidades mais sujas do Brasil.

Certamente há o discurso de que as chuvas atrapalham, a Justiça emperra licitações e o município está acometido de sérios problemas sociais gerados por Jirau e Santo Antônio. Mas, convenhamos, Porto Velho tem seis meses de muito sol todo ano, a Justiça emperra o que está ilícito e os transtornos das usinas chegaram acompanhados dos R$ 134 milhões de compensação e um aumento recorde na arrecadação do município. Em março, os cofres geridos pelo petista receberam pouco menos de R$ 102 milhões em arrecadação de taxas, multas, IPTU e outros impostos, mas há que se somar o valor do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e verbas de convênios com o Governo Federal para mensurar o tamanho do ralo.

De acordo com os dados do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, publicado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), a cidade de Porto Velho teve um desempenho excepcional, dobrando a arrecadação do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). O aumento foi de 130,7% em relação a 2008 e esse é apenas um, salvo engano, dos quatro impostos recolhidos pelo município.

A fiscalização da aplicação de verbas públicas e a execução de obras caberiam àqueles que aprenderam o santo amém. Junte-se a uma vereança que não faz o dever de casa a omissão do Ministério Público do Estado e belas peças publicitárias e temos como resultado a visão política de uma Suíça brasileira administrada com competência e austeridade. Coube ao Tribunal de Contas discordar da equação e lançar olhar mais crítico sob a cidade. Em audiência realizada nesta terça-feira, o presidente da corte quis notícias da saudosa limpeza. Realese muito bem educado da assessoria informou que Sobrinho deu satisfações - não divulgadas - e que o presidente do TCE, Valdivino Crispim, recomendou ao prefeito “que esteja sempre em contato com o relator das contas do município”.

Lamentável que no encontro tenha sido discutido apenas o contrato de varrição e o sumiço dos garis, mas fica a esperança de que em futuras conversas venham à tona temas como abandono de obras, ausência de placas com valores e datas de execução, recapeamento de má qualidade, falta de reforma em grande parte das escolas municipais, buracos infindáveis, manutenção do Parque da Cidade – doação da empresa Ancar – falta de iluminação pública e outros que deixo em aberto para manifestação do internauta.

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