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Se eles entendessem!

Sábado, 26 Abril de 2014 - 09:59 | Gessi Taborda


Se eles entendessem!

Não tem como negar: vivemos um momento de crise aguda, especialmente nas regiões devastadas pelas cheias de nossos rios (especialmente o Madeira). Difícil acreditar em recuperação rápida dos problemas que se tornaram agudos com as cheias. Por todo lado no meio político, ouve-se cotidianamente reclamações, choramingas pelos poucos recursos disponíveis, pelo apoio a conta-gotas do governo federal, etc.


Reconhecendo as limitações dos principais governantes do estado (o governador e o prefeito da capital); ambos envoltos na dúvida sistemática que mantém suas gestões com a marca da paralisia, neutralizando e das esterilizações das oportunidades de desenvolvimento sustentável do estado, é inevitável desconfiar da aplicação dos recursos conseguidos para reconstruir aquilo que água levou.
Crise, do grego krisis, é o momento de decisão. Ação de distinguir, escolher, discernir para a escolha do melhor caminho. A crise reclama imaginação, coisa muito rara em nível dos governantes rondonienses.
Reconhecendo as limitações dos principais governantes do estado (o governador e o prefeito da capital); ambos envoltos na dúvida sistemática que mantém suas gestões com a marca da paralisia, neutralizando e das esterilizações das oportunidades de desenvolvimento sustentável do estado, é inevitável desconfiar da aplicação dos recursos conseguidos para reconstruir aquilo que água levou.

O VENDAVAL

Quem foi diretamente atingido pela grande crise da cheia histórica do portentoso Madeira não devem depositar muita confiança na capacidade de solução por parte de nossos políticos. É melhor conscientizarem-se de que terão de enfrentar o vendaval sem desânimo e sem se contagiar com o canto da sereia, entoado por alguns políticos em anos de disputa eleitoral.
Tem pela aí até um vereador que, como Noé, pretende ser o pai da criança na “descoberta” (?) de uma área para relocação dos mais atingidos (como o povo do distrito de São Carlos). Ora, pura demagogia. Só o Executivo tem competência para isso e, mesmo assim, vencendo todos os obstáculos impostos pela burocracia legal.
Enquanto prefeito e governador não exercer seu poder para propor as soluções (e para isso precisam elaborar projetos de qualidade, que possam ser executados sem tramoias, superfaturamentos e direcionados) factíveis, a população desalojada terá de se munir de paciência.

INSATISFAÇÃO


Nosso estado tem pagado caro por ter escolhido sem pensar direito representantes do povo (nos diversos níveis da política) quem, depois de eleito se mostra indiferente, insensível, revelando uma conduta uma conduta egoísta de quem se acha acima dos interesses coletivos.
Ninguém (fora os que fazem parte do governo) está satisfeito com o prefeito Mauro Nazif e com o governador Confúcio. O povo almeja muito mais do que aquilo que esses homens públicos fizeram e prometeram. Tanto no governo Confúcio (agora, em busca da reeleição) ou no de Nazif, tudo se relativizou. O prefeito, depois de 15 meses, promete tirar sua gestão da paralisia, graças ao equipamento  rodoviário e de máquinas pesadas adquiridas. Quem ousaria acreditar nessa nova promessa?
Na verdade, o descrédito da população está ligado à constatação que alimenta o imaginário coletivo: A mais grave mutação moral visível em políticos respeitáveis do passado...
É realmente tempo de revisar valores, de reformular a cartilha da rotina. Difícil é acreditar que nosso políticos passaram a compreender isso agora.

TUDO IGUAL


Nenhuma movimentação política nesse final de semana, merecedor de registro. O quadro sucessório continua indefinido. Não surgiu nenhum novo nome capaz e empolgar o eleitorado para a disputa. Boa parte dos políticos está percorrendo o interior. Nenhum deles fazem pronunciamentos dignos de nota. Eles não demonstram nem mesmo interesse em refletir sobre os momentos mais intrigantes da vida rondoniense. Vão indo no vai da valsa, sem revelar o que pensam, se é que pensam.
Ninguém, até agora, emitiu qualquer opinião sobre as denúncias confirmadas pelo ex-presidente da Assembleia, sobre o pagamento de propina de um milhão de reais aos deputados que aprovaram a renúncia fiscal bilionário em favor do complexo hidrelétrico do Madeira.

FAXINA

Num país sério esses malfeitores do Estado responderiam pelo esbulho perdendo seus cargos, respondendo criminalmente pelo ato contra o erário e, certamente, teriam suas candidaturas barradas já no próprio partido. Mas, infelizmente, não é o que acontecerá por aqui.
Os interesses políticos em jogo não contribuem para a capacidade de faxina institucional dos partidos. Os políticos acostumados a meter a mão e a participar de negociatas imaginam que conseguirão driblar não só a repugnância do eleitorado mas, o que é pior, a vigilância da Justiça Eleitoral. Todos sonhamos que o processo eleitoral sirva para por um ponto final da tragédia política rondoniense.

PERGUNTA

Essa é mais uma daquelas perguntas que não quer calar. Quer dizer que além da terrível incapacidade de gerir a Secretaria da Segurança Pública, permitindo o alastramento do crime (principalmente roubos e homicídios) no estado, o tal Marcelo Bessa acabou deixando furos no cumprimento do orçamento daquela na ordem de mais 50 milhões de reais, segundo informe do Tribunal de Contas do Estado. Como, com tudo isso, o moço está escalado para sair candidato a governador na carona da campanha de Confúcio? Essa é a pá de cal que admiradores de Confúcio pretendem jogar na ética agonizante da política rondoniense?
O que todos querem saber é se o moço será responsabilizado de verdade pela descoberta do TCE.

LISTAS DO IRMÃO

Um deputado comentou com o jornalista as denúncias do irmão Valter sobre seus antigos pares: “De tempos em tempos alguns políticos ficam sobressaltados com as ameaças de presos de grande quilate, que possuem listas dos seus parceiros de negócios. E como sempre os presos ou correndo o risco de prisão usam as listas para fazer ameaças de que não vão cair sozinhos. Esse é o sentido que se deva dar às denuncias desse ex-presidente jogado no xilindró”, disse.

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