Prefeito eleito de Ouro Preto começa a visitar área produtiva do município

O prefeito eleito de Ouro Preto do Oeste, Vagno Gonçalves de Barros “Panisoly” (PSDC), que será empossado no dia 1º de janeiro, participou de uma reunião com os funcionários da Estação Experimental da Ceplac, e visitou o viveiro de produção de mudas clonais, o laboratório de entomologia e algumas áreas experimentais da estação, acompanhado do agrônomo e pesquisador doutor Fernando Luiz de Oliveira Correia, e do técnico Francisco Antônio Neto.

Hoje, o cacau não é considerado apenas uma guloseima e um doce, está sendo tratado como alimento em todo o mundo. Este ano, o quilo da amêndoa do cacau oscilou entre R$ 9 a R$ 12, e com a tecnologia disponível é possível em uma pequena chácara com 1 hectare cultivar uma lavoura com 1.100 plantas e produzir em média 1,5 quilos por planta, podendo alternar o cacaueiro com abobora, banana, mandioca, milho e outras culturas.

O prefeito eleito tomou conhecimento da produção de cacau no município, em especial das áreas de cacauais nas chácaras ao redor da cidade, e do auxílio da Ceplac a retomada do cacau no estado de Rondônia. Vagno Panisoly se comprometeu em criar meios de firmar parceria visando fomentar a cacauicultura, alternado a outras culturas. “Estaremos assumindo a partir do dia 1º de janeiro, e eu acredito muito em vocês. Eu venho de uma geração que vivia da agricultura, eu plantava e colhia cacau. Acredito que vai ser através do café, do cacau que vamos crescer. Nós vamos criar a secretaria de agricultura e do meio ambiente”, afirmou.

Panisoly avalia que a prefeitura vá começar do zero, mas que no ano que vem através de parcerias com a Ceplac, Emater e Embrapa e a Secretaria de Agricultura ativada, o panorama começará a mudar. “Durante a campanha vi muito agricultor familiar querendo plantar e a partir do momento que a gente pode ajudar eles fazem o resto”, disse animado.

Na opinião do pesquisador Fernando Luiz Correia, o município perdeu em termos de competitividade fora da agricultura e o único meio de alavancar recursos é retornar o trabalhador para o campo e reativar a agricultura. O técnico Antônio Neto destacou que a Ceplac é um símbolo de Ouro Preto do Oeste, e está presente desde o primeiro ciclo produtivo. “Desde 1973 estamos aqui. Com o projeto de integração e colonização (Pic Ouro Preto) veio o café, o cacau e as outras culturas que se desenvolveram ao longo dos tempos”, reviveu.

A estação Experimental da Ceplac em Ouro Preto trabalha a evolução de 30 clones de cacau selecionados no estado de Rondônia, e produtos vindos da Bahia, do Equador e até de Trinidad e Tobago. A ideia segundo os técnicos é trabalhar com os clonais e com as sementes hibridas para determinadas regiões do estado.