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Rondônia é o Estado que mais cresceu proporcionalmente em acesso à educação básica

Quinta-feira, 21 Janeiro de 2016 - 15:05 | Valor Online




O acesso à educação básica (4 a 17 anos) cresceu de 89,5%, em 2005, para 93,6%, em 2014, conforme levantamento realizado pela organização Todos pela Educação (TPE) com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O maior avanço foi na pré-escola (4 e 5 anos) –de 72,5% para 89,1%.

Segundo o levantamento, ao frequentar a pré-escola a criança torna-se mais apta a receber os conteúdos posteriores, ou seja, melhora seu rendimento escolar. "Há evidência de que as crianças que frequentam uma educação infantil de qualidade têm um percurso escolar com mais aprendizagem e uma vida adulta com muito mais oportunidades", afirmou Priscila Cruz, presidente-executiva do TPE. "Investir nas crianças, portanto, é a melhor estratégia para superarmos a desigualdade que é ainda muito alta e persistente no país."



O levantamento teve como objetivo monitorar a meta 1 do movimento: toda a criança e jovem de 4 a 17 anos na escola. O resultado mostra que a meta chegou a 95,9% da população nessa faixa etária, contra 95,4% em 2013. O país fechou 2014 com 44,3 pessoas nessa faixa, das quais 2,8 milhões (6,2%) não frequentavam a escola. Em 2005 havia 5 milhões de brasileiros de 4 a 17 anos fora da escola.

"Os avanços das últimas décadas vêm pagando, aos poucos, uma dívida de séculos de descaso em relação à educação", afirmou Priscila. "Entretanto, é preciso reconhecer urgentemente que as crianças e jovens mais vulneráveis são os que menos frequentam a escola, justamente aqueles que mais dependem da educação para romper o ciclo de exclusão e pobreza."

Quase seis pontos percentuais separam as matrículas escolares entre as pessoas mais ricas e mais pobres do país. Enquanto os 25% mais ricos (4,9 milhões de pessoas) mantinham 98% de suas crianças na escola em 2014, os 25% mais pobres alcançavam somente 92,8% de matriculados na faixa etária de 4 a 17 anos.

A faixa de renda mais baixa elevou a proporção de matriculados em seis pontos percentuais em uma década, enquanto a de renda mais elevada registrou crescimento de um ponto percentual no período.

Entre os Estados que mais cresceram na proporção de população da faixa matriculada na escola estão Rondônia (8,7 pontos percentuais), Pará (8,2 pontos), Maranhão (6,7), Acre (6,4) e Espírito Santo (6,4).

São Paulo é o Estado que chegou mais perto chegou da universalização, com 95,8% de matriculados nessa faixa etária, seguido por Distrito Federal (94,8%), Maranhão e Ceará (ambos com 94,4%) e Rio de Janeiro (94,3%). A situação é mais precária no Acre, com 89,1% de matriculados na faixa etária, Amazonas (90,3%) e Alagoas (90,9%).

Segundo o TPE, o ensino médio, um dos gargalos da educação básica, é tido como pouco atraente para o jovem e enfrenta problemas como o abandono escolar, com taxa média de 7,6%.

Pelos critérios de "raça e cor", o grupo com maior avanço no total de matrículas é o dos "pardos". Em 2005 havia 88,1% da população de 4 a 17 anos desse estrato na escola. Em 2014, o total subiu para 93%. Os brancos subiram de 91,2% para 95,1%, ao passo que os pretos foram de 87,8% para 92,2%.

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