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Cidades

Secretaria de Saúde lança campanha para diagnóstico de hanseníase e verminose

Quarta-feira, 20 Março de 2013 - 09:02 | Semcom


Nesse mês de março a Secretaria Municipal de Saúde - Semus está em ritmo acelerado. Na semana passada todas as escolas municipais e estaduais receberam diversas equipes da saúde e mais de 80 voluntários da Unesc para realização da Campanha de prevenção contra a obesidade e cuidados visuais.



Desde a segunda-feira, 18, começou a segunda parte da Campanha Saúde na escola, agora com enfoque no diagnóstico precoce de hanseníase e verminoses. As atividades nas escolas seguem até sexta-feira 22 de março. Agentes Comunitários de Saúde, Equipes de Saúde na Família e os voluntários da Unesc, Semed e Seduc estão engajados nessa segunda semana da Campanha Saúde na escola.

O slogan dessa campanha é “Hanseníase e Verminose tem cura. É hora de prevenir e tratar”. A meta é identificar os casos suspeitos em estudantes de 5 a 14 anos de escolas públicas, de acordo com a Secretaria de Saúde a intenção é aumentar o diagnostico precoce e identificar nas comunidades em que a hanseníase e verminose ainda persistem.

A primeira etapa do projeto será as visitas as escolas, para avaliar os alunos que apresentarem sinais e sintomas das doenças.
Segundo o Secretário de Saúde, Vivaldo Carneiro, essa campanha possibilitará os profissionais a redobrarem a atenção para os alunos que já foram diagnosticados pela doença para garantir o acesso ao tratamento e cura do paciente.

“A segunda etapa da campanha consiste em encaminhar os casos suspeitos para rede de Atenção Básica (Unidades de Saúde do município), para confirmação do diagnóstico e início imediato do tratamento. A iniciativa tem também a pretensão de reduzir a carga de verminose (parasitas intestinais conhecidos como lombrigas, que causam anemia, dor abdominal e diarréia).

O prefeito Rover destacou, que tanto a campanha de prevenção a obesidade e cuidado visual, quanto à campanha de prevenção de hanseníase e verminose, são programas lançados pelo Ministério da Saúde que o município faz questão de aderir e realizar todo o atendimento por conta da Prefeitura, por entender a importância de investir em saúde preventiva.

Vivaldo ainda salientou que esses parasitas podem prejudicar o desenvolvimento e rendimento escolar da criança. Os alunos estão recebendo o tratamento para verminose. O medicamento será administrado por uma equipe de saúde com a autorização dos pais. Os alunos levam pra casa um formulário, que servirá como triagem para os casos de hanseníase.

Para aluna da Escola Estadual Machado de Assis, Franciele de Almeida Andrade de 18 anos, disse que tem algumas manchas na pele e se tivesse ir até uma Unidade de Saúde, talvez não fosse. “Gostei muito dessa iniciativa de trazer as equipe de Saúde até as escolas, assim nós aprendemos a se cuidar. A prevenção é o melhor remédio”, comentou a aluna, durante o diagnóstico de hanseníase.

Cuidados transmissão e tratamento da hanseníase

A Secretaria de Saúde alerta aos vilhenenses sobre a importância de as pessoas procurarem o serviço de saúde ao aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se essa mancha apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. A hanseníase tem cura e, quando a pessoa começa o tratamento, para de transmitir quase que imediatamente. Não é preciso ter nenhum tipo de preconceito.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza medicamentos gratuitamente para o tratamento e treina os profissionais de saúde para o atendimento. A hanseníase é transmitida de pessoa para pessoa por quem tem contato muito próximo e prolongado com o doente, dentro do núcleo familiar ou da comunidade em que vive. Geralmente, não é transmitida dentro de um ônibus ou num local público. A hanseníase tem cura, mas pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio. O tratamento é gratuito e eficaz, com duração média de seis meses a um ano.

Dados do Ministério da Saúde sobre hanseníase

PREVALÊNCIA– O Brasil vem avançando para eliminar a hanseníase como problema de saúde pública. Um exemplo deste esforço é a melhoria progressiva de todos os indicadores. Levantamento inédito do Ministério da Saúde aponta redução de 61,4% no coeficiente de prevalência (pacientes em tratamento) entre 2001 e 2011, passando de 3,99 por 10 mil habitantes para 1,54. No mesmo período, o número de serviços com pacientes em tratamento de hanseníase cresceu 142%, de 3.895 unidades, em 2001, para 9.445, em 2011.

O levantamento também mostra redução de 25,9% nos casos novos entre 2001 e 2011, que passaram de 45.874 para 33.955, respectivamente. Apesar dos resultados, existem sete estados que apresentaram, em 2011, coeficiente de prevalência acima de três casos por 10 mil habitantes (MT, TO, MA, PA, RO, GO, MS).

A média nacional é de 1,54/10 mil, o que é bem próxima da meta estabelecida pelo Plano de Eliminação da Hanseníase (menos de um caso para cada grupo de 10 mil, até 2015). “O SUS trabalha para reduzir em 26,9% o coeficiente de detecção de casos novos em menores de 15 anos; aumentar o percentual de cura (90% dos novos) e examinar 80% dos contatos intradomiciliares dos casos novos de hanseníase”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

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