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No Dia do Professor, Sintero destaca conquistas e desafios enfrentados pela categoria em Rondônia

Segunda-feira, 15 Outubro de 2018 - 09:47 | da Redação


No Dia do Professor, Sintero destaca conquistas e desafios enfrentados pela categoria em Rondônia

Valorização salarial, condições de trabalho, reconhecimento pela importância da categoria, representatividade são algumas das lutas diárias dos trabalhadores em educação de Estado de Rondônia. Nesta segunda-feira (15), data em que se comemora o Dia do Professor, a presidente do Sintero, Lionilda Simão, lembra que já houve avanços, mas ainda é preciso mais atenção para os profissionais que formam a base de toda a sociedade.

Para a sindicalista, a comemoração do Dia do Professor é principalmente pela profissão que, segundo ela, deveria ser respeitada por causa da relevância e importância que tem para a sociedade. “A comemoração tem que ser no sentido de ver essa profissão com esse olhar de importância na sociedade, porque sem o professor não existe médico, dentista, advogado e entre outras profissões. Essa profissão tem que ser mais valorizada porque somos nós que formamos grandes profissionais”, enfatiza.

A presidente destaca que a desvalorização salarial da categoria é grande em Rondônia, assim como acontece no restante do país.

“Os professores não são valorizados na questão salarial que é uma vergonha porque geralmente, os educadores têm outras formações como pós-graduação e mestrado, fora outras formações que o profissional tem que ter para lecionar. Com tudo isso, quando analisamos o salário do professor, comparado às demais categorias que tem a mesma formação, a gente vê a grande diferença”, avalia a presidente.

Mesmo com os problemas, os trabalhadores ainda comemoram a data. “Nós temos que comemorar sim grandeza da profissão, porque fora isso, o que a gente vê é professor em salas de aula superlotadas e muitos com problemas de saúde. Os governantes deveriam criar políticas públicas para ajudar os servidores com esses problemas de saúde porque nós precisamos, mas infelizmente não é o que acontece”, sugere a presidente.

Lionilda enfatiza que a valorização na área da educação é essencial para o bom rendimento em todos os aspectos dos profissionais e alunos. “Enquanto nós tivermos em um país que não valoriza o professor ele será um fracasso. Não temos investimento em educação e, a partir do momento que não investe na educação como um todo, deixa se investir no professor, salário, qualificação e condições de trabalho”, destaca.

Sobre a maior conquista da categoria, a presidente destaca a maior batalha que o Sintero já enfrentou no ano 2000 quando foram demitidos profissionais da educação por não serem concursados. “Nós não aceitamos as demissões, lutamos e saímos vitoriosos em uma situação que a Justiça de Rondônia já tinha dito que eles não seriam readmitidos no quadro de funcionários do Estado. Lutamos porque eles tinham um decreto de estabilidade que conseguimos reverter. Com muita garra e determinação, o Sintero conseguiu que essas famílias tivessem de volta seus empregos”, lembra.

Transposição
A transposição e plano de carreira também estão entre as maiores lutas do Sintero. “Com certeza é uma luta árdua que nós, juntamente com os educadores, encaramos desde o início. Lutamos também pelo Plano de Carreira de cada servidor com a implantação da Lei 680 que precisa passar por algumas mudanças, mas o fato de ter uma carreira já é importante”, diz a presidente.

Greve
Ao analisar as greves coordenadas pelo Sintero, Lionilda diz que paralisar as atividades nas escolas é a última alternativa do sindicato. A última paralização estadual durou 45 dias, mas segundo a presidente, foi importante para o resultado positivo na luta. “Não foi fácil porque tivemos que chegar ao ponto de adotar medidas drásticas por causa do nosso salário que estava defasado, mas antes de deliberar, nós avaliamos porque a greve é cansativa e desgastante. Mas conseguimos sair vitoriosos com um aumento de 18% juntamente com os trabalhadores”, destaca.

Representatividade
Durante as eleições, a categoria teve a opção de ter um representante na Assembleia Legislativa, mas segundo ela, os servidores não deram importância e preferiram eleger outros candidatos, o que pode dificultar a luta por melhorias nos próximos quatro anos. “Mais uma vez nós passamos por um processo político e tivemos a oportunidade de termos um deputado na Assembleia para nos ajudar, mas infelizmente a categoria não mostrou união e preferiu eleger outros candidatos que não são da educação. Agora, nós vamos amargar em função disso”, finaliza.

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