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Acusados por torturar, matar e jogar corpo de vigilante em rio são condenados
Segunda-feira, 10 Novembro de 2025 - 08:45 | Redação

Três acusados por torturar e matar Juscelino da Silva Jacques foram condenados por homicídio triplamente qualificado em decisão que trata do crime ocorrido em 13 de agosto de 2022, no Garimpo Bom Futuro, em Ariquemes. As condenações foram obtidas pelo Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio do Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ), após dois dias de julgamento realizados nos dias 6 e 7 de novembro.
A sentença fixou penas de 33, 31 e 29 anos de reclusão em regime fechado. A decisão considerou que o crime foi praticado por motivo torpe, com utilização de meio cruel e em circunstâncias que impossibilitaram a defesa da vítima, conforme registrado no processo.
Segundo as provas constantes dos autos, Juscelino da Silva Jacques havia chegado há pouco tempo à região do garimpo e trabalhava como vigilante em uma empresa mineradora. No local, havia rivalidade entre os vigias e garimpeiros conhecidos como requeiros. Na véspera do Dia dos Pais, enquanto estava em um bar, ele foi agredido pelos réus, garimpeiros que se incomodaram com a sua presença, sendo colocado à força em uma caminhonete e levado até a margem do rio Candeias.
No local, a vítima foi torturada, quase teve a orelha decepada, foi esgorjada e teve o abdômen aberto com uma facada, o que resultou na exposição das vísceras. Em seguida, o corpo de Juscelino da Silva Jacques foi arrastado pelos réus e jogado no rio Candeias, sendo encontrado no dia seguinte por um pescador.
Os promotores de Justiça Tereza de Freitas Maia Cotta e Marcus Alexandre de Oliveira Rodrigues atuaram na acusação.