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Alerta: 62% dos casos de foco de dengue em Porto Velho são em residências

Terça-feira, 02 Fevereiro de 2016 - 15:50 | RONDONIAGORA


Alerta: 62% dos casos de foco de dengue em Porto Velho são em residências
Em Porto Velho, o combate ao mosquito Aedes Aegypti está sendo intensificado com parcerias entre órgãos municipais, estaduais e federais. Segundo o secretário municipal de Saúde, Domingos Sávio, somente na capital e distritos 62% dos criadouros do mosquito registrados estão dentro das residências.



“Fomos fazer uma visita no Bairro Três Marias, e nas três residências que eu entrei, mesmo com os proprietários garantindo que a casa estava limpa, em cada uma delas havia um foco de proliferação do inseto. Esse mosquitinho está nos dando muito trabalho, mas se o cidadão não tomar consciência de que ele e os próprios familiares podem ser as vítimas e que é necessário todo o cuidado para exterminar os criadouros, todo o trabalho será em vão”, enfatizou o secretário.

O mosquito, transmissor da dengue, e das recém-descobertas e ainda mais perigosas zika e chikungunya, está assombrando o mundo com índices alarmantes de casos das doenças, com mais de 4 mil casos registrados em diversas nações, levando à Organização Mundial de Saúde a decretar estado de emergência. Em Rondônia, desde dezembro de 2015 os órgãos fiscalizadores estão em alerta, principalmente após o primeiro registro do zika vírus na cidade de Vilhena. Em um mês, mais três casos foram confirmados, sendo um em Cacoal e dois em Alto Alegre, além de um caso fatal de dengue hemorrágica em Vilhena. A vítima trabalhava na cidade, mas era moradora de Colorado D’Oeste.

Domingos Sávio ressalta que, o fato da capital estar próxima à fronteira com a Bolívia, onde há muito mais casos confirmados das doenças, causa ainda mais preocupação aos organismos envolvidos, e que a equipe reduzida a no máximo 150 pessoas, com 45 agentes de combate em Porto Velho, 70 agentes nas áreas rurais, e 50 microscopistas, deveria ser formada de pelo menos de 300 profissionais.

“Por isso estamos buscando parcerias, o problema é de todos, e estamos recebendo o apoio esperado. Esta semana o Exército disponibilizou 100 homens para o trabalho de combate nos bairros. Durante a semana estamos com uma média de 200 agentes fiscalizadores, e aos sábados a meta é dobrar para 400. Nós começamos uma guerra contra esse mosquito e conclamamos a toda a população para aderir a essa luta”.

O Aedes Aegypti já era considerado um problema isolado, segundo o secretário. No início da gestão, em 2012, a capital portovelhense registrava um total de 2 mil casos de dengue, o que em 2013 foi reduzido a 1.500. Em 2014, a queda dos números foi ainda mais satisfatória, de 680 casos. Já em 2015, o município confirmou apenas 184 casos da doença. Com a epidemia se espalhando em todo o Brasil, o Ministério da Saúde determinou que este ano, três visitas sejam realizadas em seis meses em todas as residências de cada município.

“O trabalho que temos pela frente é árduo. Até o final deste mês finalizamos a primeira etapa, seguindo sempre a ordem das regiões onde existe maior incidência de infectologia, fiscalizando todos os 189 mil imóveis de Porto Velho. Em março voltamos para o topo da lista para fechar até o final de abril, e assim também será em maio e junho”, explica Domingos Sávio.
Uma liminar judicial autorizando a entrada dos agentes em todas as casas e imóveis da cidade e distritos facilita ainda mais o combate.

Sávio salienta que a autorização é ainda mais proveitosa para o combate aos índices de infectologia predial, principalmente em casas e prédios fechados e terrenos abandonados. Como exemplo o terreno do tamanho de uma quadra, localizado na Avenida Jorge Teixeira, próximo a Avenida Abunã, onde uma enorme cratera alagada toma quase todo o espaço do local.

“O proprietário já foi notificado e multado duas vezes, mas não resolveu problema. Sendo assim já pensamos em outro meio de resolver, que será uma ação conjunta com a Semusb. Nós vamos aterrar o terreno e cobrar este serviço no IPTU do proprietário”.
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