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Após ameaças do Cremero, secretário-adjunto diz que Governo não vai retirar crianças do Cosme e Damião

Quinta-feira, 24 Fevereiro de 2022 - 14:57 | da Redação


Após ameaças do Cremero, secretário-adjunto diz que Governo não vai retirar crianças do Cosme e Damião

Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (24), o secretário adjunto da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Nélio Santos, disse que não há necessidade de fazer a transferência das crianças internadas no hospital infantil Cosme e Damião e que o Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) não tem legitimidade para interditar ou desinterditar nenhuma unidade de saúde.

A afirmação veio após o Cremero estipular o prazo de 30 dias para que o Governo do estado providenciasse a transferência de crianças para outra unidade de saúde, em decorrência da série de problemas encontrados durante uma fiscalização.

O secretário explicou que a transferência causaria um transtorno para a população, já que o hospital atende não só crianças do estado, mas sim de outras unidades federativas, como por exemplo, do amazonas.

Sobre a ameaça feita pelo Cremero, de que pode acontecer uma interdição ética- médica na unidade, se os problemas apontados pelo órgão fiscalizador não forem resolvidos, o secretário disse que fica a critério do estado acatar ou não a decisão. “Cremero não tem legitimidade para interditar ou desinterditar qualquer unidade de saúde. Só podemos nos manifestar ou cumprir prazos, quando recebermos a notificação. Lógico que temos que tomar as providências e buscar o direito de resguardar os pacientes”, disse.

Nélio Santos afirmou ainda, que o comum acordo que teria acontecido durante a reunião no Cremero, citado pelo órgão, foi entre os conselheiros que estavam lá. “A Sesau não entrou em comum acordo com a decisão deles, até porque não recebemos nenhum documento oficial para que pudéssemos fazer algo”, disse.

O secretário afirmou que o hospital tem todas as condições para atender os pacientes e que não oferece risco para as crianças. “Não existe risco sanitário. Temos capacidade técnica e estrutural para atender os pacientes. Não é por uma questão de estética que precisa mudar todos os pacientes para outras unidades”, diz.

Obra na unidade

Segundo o secretário, a obra que acontece no local, é para a manutenção elétrica e da tubulação de ar-condicionado do hospital. “Foi necessário fazer a retirada parte do forro para fazer esses trabalhos. Por conta disso, precisamos também colocar uma lona preta para proteger o ambiente”, explicou.

Nélio Santos ressaltou que houve um atraso da chegada do último caminhão com materiais para a conclusão de parte da obra. “O caminhão está parado em Cacoal por conta da alagação e estamos esperando chegar na capital”, diz.

O processo de licitação para a contratação de uma empresa para colocar o forro, que foi retirado para os reparos, está em fase final. “A partir do momento que houver a contratação da empresa, no máximo 60 dias estamos com o contrato assinado e daremos a ordem de serviço, que deve acontecer em março”, disse.

Diretor técnico do Cosme e Damião, Daniel Pires, informou que não houve relatos de acidentes envolvendo pacientes da unidade por conta da reforma. Disse ainda que o Cosme e Damião está superlotado. “Isso porque atendemos as demandas que deveriam ser atendidas pelo município. No total, 145 crianças estão internadas na unidade, sendo seis na UTI”, finalizou.

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