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Atingidos por barragens ocupam prefeitura e exigem acesso a plano de segurança das usinas

Quinta-feira, 14 Março de 2019 - 15:06 | da Redação


Atingidos por barragens ocupam prefeitura e exigem acesso a plano de segurança das usinas

Cerca de 150 ativistas do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocuparam a Prefeitura de Porto Velho na manhã desta quarta-feira (14) para cobrar o acesso ao plano de segurança de barragens apresentados pelas hidrelétricas Jirau e Santo Antônio ao o prefeito Hildon Chaves e à Defesa Civil Municipal. O prefeito recebeu representantes do grupo em seu gabinete.

De acordo com Francisco Kelvin, representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Rondônia, as comunidades que foram atingidas diretamente com a instalação das usinas querem que seja discutido com os moradores como vai ser a apresentação desse plano de segurança. Eles também querem participar da discussão para saber da prefeitura e Defesa Civil, juntamente com os dois empreendimentos, qual o plano evacuação, plano de emergência e quais os mecanismos que serão instalados nas comunidades se tiver qualquer acidente.

Ainda de acordo com Francisco Kelvin, eles iniciaram uma tratativa no ano de 2017 com a prefeitura e as duas principais pautas era garantir a participação da prefeitura na discussão dos remanejamentos que estavam acontecendo nos distritos que, segundo o representante do MAB, a prefeitura não estava participando e nem cobrando os dois consórcios. “A gente também quer saber para onde vai o dinheiro dos royalties que chega na conta da prefeitura desde 2017”, disse Kelvin.

Outra cobrança dos manifestantes é que sejam efetivadas as políticas públicas nos distritos e o Município cobras as duas usinas para garantir que as compensações e ações delas aconteçam, principalmente os de remanejamento. “Hoje está uma disputa muito grande de remanejamento de áreas no distrito de Jaci-Paraná e Abunã e não tem participação efetiva da prefeitura”, completou Francisco Kelvin, que destacou ainda que o plano só foi apresentado para a Prefeitura e Defesa Civil depois que houve a tragédia em Mariana e Brumadinho. “Sabemos que a ANEL não vem fiscalizar in loco as usinas desde 2016 e isso é muito grave porque coloca a vida dos moradores em risco”, finalizou Kelvin.

Por meio de nota, a Prefeitura informou que os manifestantes foram recebidos pelo secretário-geral de Governo, Luíz Fernando Martins e se comprometeu em agendar reuniões com os Ministérios Públicos Federal e Estadual, secretários municipais e demais instituições afins, para juntos ouvir os representantes das comunidades e procurar uma solução para os problemas apontados. No total, devem ser realizadas quatro reuniões. Representantes das duas hidrelétricas do complexo do Madeira também devem ser convidados para participar das reuniões.

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