Bancários fazem mobilização na Caixa e no BB exigindo mais contratações

Funcionários e empregados da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil fizeram, na manhã desta sexta-feira, 18/9, mobilização em frente às principais agências dos bancos públicos no Estado, ambas no Centro de Porto Velho.

Os manifestos aconteceram simultaneamente em todo o país por orientação do Comando Nacional dos Bancários que, nesta mesma manhã, volta a se reunir com os representantes patronais. Será a quarta rodada de negociação específica com a Caixa, em Brasília, e a quinta rodada de negociação específica com o Banco do Brasil, em São Paulo.

Os dirigentes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) explicam que os manifestos na Caixa (agência Madeira-Mamoré, na avenida Carlos Gomes) e no BB (agência Centro, na avenida Dom Pedro II) tem como foco principal o emprego, ou seja, o objetivo é, sobretudo, exigir dos bancos mais contratações e a reposição de pessoas nas vagas deixadas com os planos de aposentadoria ou de desligamentos impostos pelas instituições financeiras.

Banco do Brasil

Em junho deste ano o BB lançou um Plano de Aposentadoria Incentivada - PAI, que teve a adesão de aproximadamente cinco mil funcionários. Com isso, cinco mil postos de trabalhos ficaram vazios e não houve reposição de funcionários até o momento. Apesar do aumento nas convocações de concursados, o saldo de emprego ainda é negativo, o que tem provocado o aumento das filas e a piora no atendimento.

“Foram cinco mil bancários que aderiram ao plano de aposentadoria, o que significa que são cinco mil funcionários a menos num quadro funcional que já era deficitário a nível nacional. Estamos aqui exigindo não apenas a imediata reposição nestes postos desocupados, mas também que os concursados sejam convocados e comecem a trabalhar o quanto antes. Quanto menos funcionários, mais a sobrecarga de trabalho aumenta aos trabalhadores que ficam e, por consequência, acabam adoecidos e tendo que se afastar para tratamento de saúde. Ou seja, o caos da atual realidade será ainda maior se não houver mais contratações, e o Banco do Brasil tem totais condições de fazê-lo para, somente assim, dar melhores condições de trabalho aos funcionários e um atendimento mais digno aos clientes e usuários”, destacou José Pinheiro, presidente do Sindicato.

Caixa Federal

O manifesto ocorrido na agência Madeira-Mamoré, no Centro e a principal do Estado, também levou a conhecimento da população a luta dos trabalhadores e do movimento sindical por mais contratações, especialmente porque na Caixa são feitos os pagamentos de uma grande fatia dos programas sociais do Governo Federal, o que requer, obrigatoriamente, um quadro de funcionários ideal para o atendimento bancário normal e mais o atendimento aos beneficiários dos programas sociais, como Seguro-Desemprego, FGTS e Bolsa Família.

“Somente no primeiro semestre deste ano os cinco maiores bancos obtiveram lucro de R$ 36 bilhões, um dos maiores do planeta. E um destes bancos é a própria Caixa, que tem totais condições e obrigação de contratar mais empregados. No entanto o que vemos é um descaso e um desrespeito nas mesas de negociação com o banco, que não está interessado em valorizar seus empregados e muito menos melhorar o atendimento à população e, assim como os demais bancos, só visa o lucro em detrimento ao ser humano. Vamos continuar lutando para mudar isso e pedimos a participação de todos, bancários e sociedade em geral para pressionar os bancos e conseguir melhores salários, melhores condições de trabalho e mais contratação, do contrário, não teremos outra alternativa senão aderir a mais uma greve nacional por tempo indeterminado”, concluiu Pinheiro.