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Campanha “Faça Bonito” é nesta terça-feira e busca mobilização em defesa de crianças e adolescentes

Segunda-feira, 17 Maio de 2021 - 16:18 | da Redação


Campanha “Faça Bonito” é nesta terça-feira e busca mobilização em defesa de crianças e adolescentes

A campanha nacional “Faça Bonito”, realizada anualmente em prol do combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, acontecerá nesta terça-feira (18), através de ambiente online, com o objetivo de mobilizar, sensibilizar, informar e convocar a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes, em Porto Velho.
A transmissão acontece pelo endereço https://www.instagram.com/dia18demaio/?igshid=1egay2fad7sbe

A data escolhida é significativa, de acordo com a coordenadora do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Maria dos Anjos, Denise Campos, pois foi instituída pela Lei Federal 9.970/00 como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. “Esse dia virou um símbolo da luta contra a violência de crianças e adolescentes, pois foi marcado por um crime bárbaro contra uma menina de apenas oito anos de idade, que foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta, no Espírito Santo. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune”, destacou.

A mobilização busca orientar a população sobre como agir através de métodos de proteção da criança e do adolescente que sofreu a violência sexual, como a denúncia, e até mesmo como prevenir, através do autocuidado e autoproteção.

Segundo a coordenadora, a denúncia pode ser feita através de várias formas, podendo ser sigilosas ou não. “Se a pessoa tem conhecimento ou suspeita de que uma criança está sofrendo algum tipo de violência, tem o disk 100, que é nacional e não é necessário ser identificado. Às vezes, as pessoas não ligam por medo de não se envolver, e essa ligação pode ser feita de forma sigilosa, além de gratuita.”

Os conselhos tutelares, que estão distribuídos em cada região do município, também podem ser procurados para realizar a denúncia, assim como a Polícia Militar, através do 190. “Em casos de crimes cibernéticos, existe um canal de denúncia criado por uma organização que cuida só de monitoramento de crimes na internet, chamada SaferNet”, destacou.

Autocuidado e autoproteção

Estratégias voltadas ao autocuidado e autoproteção também serão discutidas durante as atividades de mobilização promovidas pela campanha, de acordo com Denise, para que familiares e escolas possam trabalhar com a criança no sentido de permitir que ela também saiba colocar um limite, como por exemplo, no toque que alguém faça nela, e como ela pode pedir ajuda. “A autoproteção é importante, pois a criança saberá nominar o seu corpo, entender o que pode e o que não pode ser tocado. É um ensino que pode ser feito até em crianças pequenas, para que elas possam entender o que é uma situação abusiva, pois muitas vezes acham que é um carinho, só indo entender que é abuso sexual quando está mais velha”, argumentou à coordenadora.

Outra questão destacada pela coordenadora é a importância da responsabilidade das autoridades públicas, tanto para responsabilizar quem cometeu essa violência como também para dar suporte a criança que sofreu a violência. “Precisamos das políticas públicas para garantir o atendimento rápido, qualificado e humanizado. Quando a vítima de crime sexual vai para uma unidade de referência, existe um protocolo a ser cumprido, que vai desde o cuidado com a criança até a obrigação de comunicar ao Conselho Tutelar, e se necessário, a Perícia Criminal, para se ter a prova para responsabilizar quem cometeu”, disse.

Além do Centro de Defesa, Denise também coordena a Rede Municipal de Enfrentamento a Violência Sexual contra a Criança e Adolescente de Porto Velho, que se reúne mensalmente para discutir políticas e problemas, e para a campanha deste ano, a nível local, além das entrevistas para emissoras, outros eventos, como palestras online, webinar pelo Youtube e atividades nos distritos acontecerão de forma on-line.

A  coordenadora enfatiza a necessidade de refletir que crianças e adolescentes estão em fase de desenvolvimento. “Se nós queremos uma sociedade melhor e saudável, nós temos que garantir que eles cresçam de forma saudável e protegida, porque as consequências dessa violência vão ser sentidas na vida adulta. Se a violência não pode ser evitada, temos que ir ao encontro da vítima e garantir que a gente possa reparar minimante esse dano que ela sofreu”, destacou.

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