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Casos de leptospirose podem aumentar no período chuvoso e em locais onde há acúmulo de lixo, diz Agevisa

Segunda-feira, 21 Janeiro de 2019 - 14:25 | da Redação


Casos de leptospirose podem aumentar no período chuvoso e em locais onde há acúmulo de lixo, diz Agevisa

Os casos de leptospirose podem aumentar no período chuvoso, quando ocorrem enchentes, casas ficam alagadas, e também pelo acúmulo de lixo, alerta a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa). Somente em 2018, Rondônia registrou 412 suspeitas da doença. Em Porto Velho, houve a confirmação de dois casos e um óbito, conforme dados do Cemetron.

A leptospirose é uma doença infecciosa aguda, transmitida por meio da bactéria leptospiras, presente na urina do rato. A transmissão acontece, frequentemente, na época de chuvas e enchentes, pois a população tem maior contato com a água contaminada, seja por contato direto ou ao ingerir água ou alimentos contaminados.

“As contaminações são maiores no período chuvoso, com enchentes, casas alagadas, onde as pessoas precisam tirar a água. Nas enxurradas, onde as crianças vão brincar, mas pode acontecer em qualquer momento e local suscetível à contaminação. Os bairros que alagam mais, são os locais com maiores índices da doença”, explica a doutora Sttela Angela Tarallo, diretora do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), que acrescenta ainda a possibilidade de contaminação no contato com a urina dos ratos em enlatados que ficam armazenados em depósitos onde há presença do roedor, por exemplo as latas de refrigerantes. A transmissão entre pessoas é raríssima e não há registros desse tipo no Estado.

O relato no primeiro atendimento nas unidades de saúde com o histórico de onde a pessoa esteve nos últimos dias, informando se ocorreu contato com água da chuva, córrego ou lixo acumulado, em local com infestação de ratos, como quintais, ou ainda com urina de cachorro contaminado que também pode transmitir a doença, é importante para auxiliar no tratamento precoce e evitar maior gravidade no estado de saúde do paciente. Segundo a doutora Sttela, é possível a realização de profilaxia com antibiótico.

Sintomas
O período de incubação acontece de 7 a 14 dias e os sintomas podem se desenvolver inicialmente com febre, dor de cabeça e no corpo ou com sinais mais agravantes na fase aguda, como febre, dor nos músculos, processo ictérico com o olho amarelo ou com vermelhidão conjuntiva, vômito, náusea e manchas no corpo, podendo evoluir à meningite. As complicações maiores ocorrem com insuficiência renal e hemorragia pulmonar, registradas entre 10% a 15% dos pacientes contaminados, os levando à unidade de tratamento intensivo e, muitas vezes, ao óbito.

Prevenção
Evitar contato com água ou lama que possam estar contaminados pela urina de rato.
Evitar contato com água de chuva acumulada em poças ou em locais que possivelmente tenha ratos, tomar banho de chuva em “biqueiras” ou calhas d’água, pois geralmente há ratos que transitam nesses locais.
Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha.

Cuidados Na Residência
Acondicionar devidamente o lixo.
Não acumular entulho no quintal.
Manter limpo e desmatado os terrenos baldios e margens de córregos e lagos.
Manter o mato roçado.
Fechar fendas e buracos em telhas, paredes e rodapés.
Conservar caixas de água, ralos e vasos sanitários bem fechados.
Retirar e lavar todas as noites os vasilhames de alimentos dos cães.

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