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Com baixo estoque, Banco de Leite de Rondônia pede por mais doadoras em Porto Velho

Terça-feira, 01 Março de 2016 - 09:44 | RONDONIAGORA


Com baixo estoque, Banco de Leite de Rondônia pede por mais doadoras em Porto Velho
Recomendado pela Organização Mundial de Saúde, o leite materno é o principal alimento do bebê desde o nascimento. No entanto, quando há a necessidade da criança ficar internada, normalmente, porque nasceu prematura ou com baixo peso, a alimentação é feita aos poucos e com leite retirado da própria mãe. Para ajudar nesse processo de recuperação, o Banco de Leite Santa Ágata faz a coleta e armazena o produto. O problema porém, é que o estoque está muito baixo.



O leite coletado, segundo a enfermeira Caroline Silva Coelho, é o excedente das mães que tem maior produção. A UTI Neo do Hospital de Base Ary Pinheiro possui 24 leitos, e, segundo Caroline, sempre ocupados. “O leite que nós temos não é suficiente para manter a UTI Neo do Hospital de Base. Nosso estoque está realmente baixo. Mas deveríamos atender as UTIs de outros hospitais, como o Regina Pacis”, afirma a enfermeira.

Para ser uma doadora, segundo Caroline, é preciso que a mãe esteja com boa saúde, tenha feito o pré-natal, e não apresente sintomas de febre, gripe, ou qualquer sintoma que possa desenvolver alguma doença. “Para ser doadora, a mãe tem que estar amamentando seu filho. Amamentando única e exclusivamente ao seio. É um padrão exigido pela Fiocruz. Por isso, quando há mistura de alimentos, ou a mãe não está mais amamentado, ela não pode ser doadora. E como precisamos apenas do leite excedente, se a criança não suga, a produção cai”, esclarece.

Com quarto filho, de apenas 10 dias, no colo, Daniele Pontes de Almeida já se prepara para começar a ser doadora. “Essa vai ser a terceira vez que faço doação. Eu tenho bastante leite, então vamos ajudar quem precisa. É um gesto de amor, porque eu consigo alimentar meu filho e outra criança que precisa”, diz a mãe de quatro filhos.

Daniele vai passar por uma palestra, e terá seus exames analisados. Após esse processo, se apta, ela recebe a visita de uma equipe técnica em casa, que deixa os frascos para coleta, e semanalmente retornam para buscam para deixar armazenado no banco de leite e já suprir a carência da UTI. “Ela se tornando apta, significa que os exames estão todos bem. E a doação vai depender de cada mãe. Tem doadora que conseguem doar quatro vidros de 300ml, por semana, outras conseguem um de 150ml. Como é o excedente, tudo vai depender da produção”, afirma a enfermeira Caroline.

Após a captação, o leite cru pode ficar armazenado por 15 dias. Após esse período ele deve ser descartado. E para evitar desperdício, antes de completar os 15 dias, o leite pode passar por um processo de pasteurização, onde ele dura seis meses sob refrigeração. “Só lembrando, que todas as mães, independente onde seus filhos nasceram, tem direito a primeira consulta pediátrica aqui no Banco de Leite, na parte da manhã. Se ela se torna uma doadora, aí continuam tendo o acompanhamento, já na parte da tarde. Então a gente pede, que as mães que queiram se doadoras, que compareçam ao Hospital de Base, procure o banco de leite, para uma consulta, quem sabe ela vai salvar outras vidas”, finaliza.

O banco de leite não informou quantas doadoras possui atualmente, porque é um processo que varia diariamente. O posto de saúde Ernandes Índio, também é posto de coleta de leite. Rondoniagora.com

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