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Com medo de ficar isolada pela cheia do Madeira, família pede ajuda para sair de casa

Quinta-feira, 22 Fevereiro de 2018 - 11:16 | da Redação


Com medo de ficar isolada pela cheia do Madeira, família pede ajuda para sair de casa
Defesa Civil fez a retirada da família da residência (Foto: Francisco Abreu/RONDONIAGORA)

A Defesa Civil de Porto Velho continua em alerta por conta da cheia do Rio Madeira, principalmente devido aos altos volumes de chuva registradas nos últimos dias na capital que fizeram aumentar o nível de canais e igarapés em alguns bairros da capital. Na tarde desta quarta-feira (21), uma família que reside na Vila São Sebastião da Boa Fé, localizada na margem esquerda do rio, pediu ajuda e foi retirada do local. Na madrugada desta quinta-feira, o nível do Madeira registrou pico de 19,19 metros.

Outras 12 famílias no Bairro São Sebastião II, na Zona Norte de Porto Velho também já foram removidas com apoio da Defesa Civil Municipal. Na madrugada desta quinta-feira, o nível do Madeira registrou pico de 19,19 metros.

Leandro Antônio, de 25 anos, morador da Vila que pediu ajuda para sair da sua residência, conta que há dias vem percebendo o nível da água subir. “Todos os dias vou para o trabalho e tenho que passar por essa rua que está alagada. O meu maior medo é que o rio continue aumentando e eu fique isolado sem poder sair para o trabalho ou ir até a cidade. Ontem, quando eu estava indo para o trabalho a água batia na minha canela e por isso decidi pedir ajuda à Defesa Civil e ir para a casa de um parente meu até o rio baixar”, afirma.

Com medo de ficar isolada pela cheia do Madeira, família pede ajuda para sair de casa
Estrada de acesso a vila está parcialmente inundada (Foto: Uil Cavalcante/RONDONIAGORA)

Ainda na quarta-feira, a Defesa Civil fez a retirada de sete famílias do Bairro São Sebastião II, por causa das águas que estão prestes a invadir as residências. Elas foram levadas para outros imóveis de sua propriedade ou casa de parentes e amigos. O diretor da Defesa Civil, Marcelo Santos, lembra que algumas famílias já tinham sido beneficiadas com imóveis de habitação popular, mas acabaram retornando para a área de risco. “Algumas tinham imóveis no Orgulho do Madeira, nós já tínhamos demolido a casa que antes elas moravam, mas elas voltaram a construir e voltaram a morar no local, mesmo com todos os riscos”, diz.

O gerente de monitoramento em áreas de risco, Anderson Luiz, destaca que é importante fazer esse serviço de retirada das famílias antes no local ser completamente alagado. “Porque a gente está prevenindo que algo pior aconteça caso essas famílias continuem nesses locais de risco. Os moradores solicitam a presença da nossa equipe ligando no plantão199 e nós fazemos a retirada com segurança porque esse é nosso papel”, destaca.

O trabalho realizado pela Defesa Civil do Município de Porto Velho faz parte do plano de contingência elaborado prevendo a cheia do Rio Madeira. Normalmente, quando o nível do rio começa a subir, as residências das áreas do Beco Gravatal, Beco do Birro, Beco da Rede, São Sebastião II, Triângulo, Nacional Balsa e Vila Candelária que são os primeiros a serem retirados. Conforme o mapeamento da Defesa Civil, cerca de 50 famílias já foram cadastradas e serão retiradas nos próximos dias, se o nível do rio continuar subindo.

Com medo de ficar isolada pela cheia do Madeira, família pede ajuda para sair de casa
Água já alagou terreno de várias residências em Porto Velho (Foto: Defesa Civil/Divulgação)
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