Rondônia, 14 de maio de 2024
Jornal Rondoniagora
Siga o Rondoniagora

Geral

CONFÚCIO FIRMA POSIÇÃO E VÊ AÇÃO ORQUESTRADA DE FRIGORÍFICOS PARA MANIPULAR O MERCADO

Segunda-feira, 15 Fevereiro de 2016 - 18:34 | RONDONIAGORA


CONFÚCIO FIRMA POSIÇÃO E VÊ AÇÃO ORQUESTRADA DE FRIGORÍFICOS PARA MANIPULAR O MERCADO
O Governo de Rondônia está apoiando a classe produtiva no conflito entre pecuaristas e o setor industrial. O governador Confúcio Moura (PMDB) declarou insatisfação com a forma como os frigoríficos do Estado estão tratando o produtor de carne, que representa 54% do mercado de exportação. A posição ficou clara durante encontro entre as partes, na tarde desta segunda-feira no Palácio Madeira, em Porto Velho. “Nós queremos saber é como a partir de junho de 2015 houve fechamento de mais da metade de frigoríficos de uma vez só e o preço da arroba do boi caiu tão expressivamente, porque entendemos que isso foi uma ação combinada, uma forma de manipular o mercado, prejudicando diretamente o produtor. O que o setor produtivo espera é o realinhamento dos preços, mesmo que fique até 10% abaixo do valor praticado em São Paulo”, disparou o governador.



O Movimento Grito da Pecuária, desde o mês de janeiro, promoveu diversas reuniões nos pólos de produção do estado para reunir forças e levar a questão às autoridades. “Não aceitamos como estamos sendo tratados depois de anos de investimento. Investimos em tecnologia, melhoramento de pastagens e solo, modernizando a genética bovina, respeitando o meio ambiente, e temos uma das carnes mais cobiçadas do mundo. Mas com esse deságio de 20% em cima do valor nacional, estamos perdendo e a receita estadual tem um prejuízo de 53 milhões ao mês”, revelou Adélio Barofaldi, presidente da Associação Brasileira de Produtores Rurais de Rondônia (APRRO).

Para Sérgio Souza, presidente da Associação dos Produtores de Rurais de Ji-Paraná, na medida em que o governo manifesta apoio aos pecuaristas, o estado cresce. “Nós temos uma lista de reivindicações para o governo, que requer mais atenção para o setor e uma atuação mais presente ao que está acontecendo. Mas de imediato, precisamos que o preço da arroba, que agora estamos nos vendo obrigados a vender por R$ 118, seja valorizada e ao menos realinhe a média de até R$ 140, como era antes”.

João Gonçalves, proprietário do Frigon e de uma das maiores redes de supermercado do estado, justifica que os custos do frigorífico são muito altos, e afirma que não há desequilíbrio no preço pago pela matéria prima, comparado ao valor que é cobrado ao consumidor final. “A oscilação da moeda é o que interfere em todo o mercado, e não há incentivo nenhum por parte do Governo para a indústria”, declarou.
A lista de reivindicações entregue aos representantes do Governo do Estado deve ser analisada e a resposta oficial será apresentada em 30 dias, em nova reunião com o setor produtivo. “Para o realinhamento imediato dos preços praticados entre frigoríficos e produtores, uma comissão de representantes de cada setor será formada e, o quanto uma reunião deverá definir os rumos das transações comerciais entre a classe empresarial e pecuaristas. Rondoniagora.com

SIGA-NOS NO Rondoniagora.com no Google News

Veja Também