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Coronavírus: Ocupação de leitos atinge índice crítico na Capital

Segunda-feira, 01 Junho de 2020 - 15:46 | da Secom/RO


Coronavírus: Ocupação de leitos atinge índice crítico na Capital

Na capital de Rondônia, a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é de 95,9%. ”Esse é o limite do limite. Nós pedimos a conscientização das pessoas, infelizmente tem alguns que ainda não têm noção quem tem gente morrendo, internados em estado grave, nós precisamos da conscientização de todos. Isso é responsabilidade social”, disse o o secretário de Estado da Saúde (Sesau), Fernando Máximo, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (1).

Também apresentam índices altos de ocupação de leitos UTI os municípios de Ariquemes, Guajará-Mirim, Jaru, Machadinho D’Oeste, Buritis, Nova Mamoré, Candeias do Jamari, Cujubim, Alto Paraíso, Monte Negro, Campo Novo de Rondônia, Vale do Anari, Itapuã do Oeste, Theobroma, Governador Jorge Teixeira, Cacaulândia e Rio Crespo.
Ampliação de leitos

O Estado registra lamentavelmente 4.942 casos confirmados e 156 óbitos, conforme boletim de domino (31). O governo de Rondônia tem travado uma verdadeira tática de guerra para conter o vírus e dar assistência aos pacientes com Covid-19, concentrando esforços na ampliação das vagas de leitos para atender casos da doença.

Segundo o secretário de saúde, no Hospital Estadual e Pronto Socorro João Paulo II (JP II) estão sendo preparados 10 leitos clínicos. O Centro de Reabilitação de Rondônia (Cero) está sendo reformado, com ajuda de um grupo de empresários que está custeando a obra, e tem capacidade de trinta leitos clínicos, o que vai permitir desocupar um pouco mais os leitos clínicos do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) e, desta forma, ampliar os leitos de UTI na unidade.

A Sesau também vai ampliar leitos para pacientes com Covid-19 quando forem entregues no Hospital de Amor e no Hospital de Campanha, o Regina Pacis. Enquanto o Regina Pacis é uma aquisição do governo estadual, os leitos no Hospital de Amor foram contratualizados, com recurso repassado pela Assembleia Legislativa.
”Nós estamos acompanhando a preparação dos leitos nesses dois hospitais todos os dias. Ontem estive acompanhando as obras no Regina Pacis, e constatei que as obras estão bem avançadas. Nos próximos dias já vamos receber alguns leitos do Hospital de Campanha. Já no Hospital de Amor, provavelmente, na quarta-feira (3) agora já vamos receber leitos de UTI e, possivelmente, na sexta-feira (5), já serão entregues também os leitos clínicos”, esclarece o secretário.

Além disso, existem tratativas para receber através de doação de uma multinacional, um hospital para tratar dos pacientes com Covid-19, e a prefeitura de Porto Velho também está em busca de ampliação de leitos, pois os municípios também devem somar esforços.

De acordo com a secretária municipal de Saúde Eliana Pasini, a prefeitura abriu processo com esta finalidade, mais ainda não obteve êxito. ”Estamos com essa dificuldade, mas enquanto isso vamos ampliando dentro das nossas unidades”, afirma.

100% dos leitos

Os esforços intensos para a ampliação de leitos precisa ser acompanhado dos cuidados por parte de toda a população, para evitar que o sistema de saúde entre em colapso.
Conforme o relatório do Sistema de Comando de Incidentes – Covid-19 de domingo (31), já chegam a 100% de ocupação os leitos de UTI do Cemetron, da Unidade de Assistência Médica Intensiva 24 horas (AMI) e do Hospital Samar.

Também estão totalmente ocupados os leitos clínicos do JP II e os leitos clínicos do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro (HB). A ocupação no Hospital Santa Marcelina alcança 90% dos leitos.
”Nós temos anunciado há dias que estamos a beira do caos, temos pouquíssimos leitos vazios, temos pedido apoio da população e ainda assim, infelizmente, observamos que tem muita gente não seguindo as recomendações, há aglomerações, pessoas sem máscaras, isso é muito ruim. A população precisa se conscientizar que estamos no limite”, ressalta o secretário.

Ele pede conscientização do papel da população para evitar o colapso na saúde. ”Estamos nos esforçando, fazendo o máximo para não deixar faltar leitos, mas entendam na Itália, que é país de primeiro mundo, não foi suficiente, nos Estados Unidos, não foi suficiente, Espanha e na França, também não. Manaus não foi suficiente, o esforço que fizeram. Pode acontecer um colapso? Pode. Mas nós estamos trabalhando de segunda a segunda, dia e noite para que isso não aconteça”.

O secretário ainda destacou o desafio de Rondônia em dar respostas a uma pandemia, sendo este um Estado que foi assumido pela atual gestão em situação crítica de leitos. “Pegamos Rondônia como um dos piores lugares do Brasil em leitos, tendo o Hospital João Paulo II como o pior Pronto Socorro do Brasil. Já tínhamos dificuldade antes dessa pandemia. Com essa escassez de leitos, já era para Rondônia ter colapsado, se não fossem os esforços. Nós criamos muitos leitos, mas pedimos que a população nos ajude seguindo as recomendações”, disse.

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