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Coronavírus: Semusa detalha atendimentos a infectados e suspeitos na rede municipal

Quarta-feira, 20 Maio de 2020 - 17:50 | da Redação


Coronavírus: Semusa detalha atendimentos a infectados e suspeitos na rede municipal

A secretária municipal de saúde, Eliane Pasini, e a secretária-adjunta, Marilene Penati, detalharam os atendimentos prestados aos pacientes suspeitos e confirmados com Coronavírus em Porto Velho, durante uma coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (20). Também foram repassadas orientações à população sobre quando e onde buscar os serviços médicos.

Eliane Pasini destacou a importância da compreensão da população para o enfrentamento da doença. “Nós continuamos pedindo que só saia de casa quem realmente necessita, adotando todos os cuidados necessários. Esse grande número de contaminação, significa que a população continua exposta”, disse. Ela afirmou que o município está se organizando para dar conta de atender toda a demanda. “Nós estamos vivenciando a população desesperada, angustiada, procurando atendimento nas nossas unidades e estamos se organizando para dar conta de atender todas essas pessoas. Em cada UPA, nós estamos aumentando o número de leitos de observação que tínhamos inicialmente. Temos também leitos de internação na Maternidade Municipal, específicos para Covid-19”, explicou.

Testes rápidos

Eliane Pasini informou que o município ainda possui testes rápidos, que foram enviados pelo Ministério da Saúde, mas com uma quantidade pequena, direcionada para testagem de servidores da saúde.
Sobre os 10 mil testes rápidos comprados pelo município, a secretário disse que a expectativa é que chegue essa semana.

A secretária explica que serão adotados critérios para que os testes adquiridos pelo Estado sejam disponibilizados para a população. “Queremos deixar claro que o teste só pode ser aplicado de oito a 10 dias com a apresentação dos sintomas”, explicou.

Central de Atendimento

A secretária-adjunta, Marilene Penati, informou que o call center implantado para atender a população da capital em caso de sintomas da Covid-19, está funcionando conforme o esperado. “Ocorre que o número de pessoas que estão se infectando está aumentando de forma exponencial. O atendimento pode demorar, mas as pessoas precisam ter paciência porque o profissional precisa colher todas as informações necessárias do paciente atendido”, esclareceu.

Marilene Penati explicou ainda, que o primeiro atendimento é feito por um técnico. “Ele pega todas as informações do paciente e passa para o médico plantonista. Numa consulta telefônica, tem certa demora porque o médico não está vendo o paciente e ele precisa ter cuidado no atendimento ao paciente para que ele possa orientar de forma correta a pessoa”, disse.

A prioridade, segundo a secretária são os pacientes que tem algum tipo comorbidade. “Nós priorizamos esse critério para passar para o profissional”, disse.

A adjunta ressaltou que os pacientes precisam passar primeiramente pela triagem do call center, para que o médico possa encaminhá-lo para o Centro de Especialidades Medicas (CEM).

Na última terça-feira, 618 pacientes foram atendidos pelo call center, 121 foram encaminhados para o CEM, e desses, praticamente todos retornaram para casa e oito direcionados para a UPA, segundo a Semusa.
Centro de Especialidades Medicas (CEM).

Marilene Penati enfatiza que critérios para a coleta do material para exame de PCR tem que ser respeitado. “Em nenhum lugar do mundo tem material para fazer testes em massa. Esse exame só é feito a partir do terceiro dia com sintomas, principalmente em pessoas com comorbidades”, enfatizou.

O CEM aumentou o número de atendimentos, mas nem todos as pessoas poderão realizar o exame. “Nós não temos como testar todos os pacientes porque não temos material suficiente. O padrão principal para que a pessoa procure um atendimento, é a dificuldade para respirar”, afirmou a secretária-adjunta.

A médica infectologista, Maiara Cristina, explica sobre os estágios do vírus, principal tratamento e necessidade de internação. “Precisamos entender que qualquer síndrome gripal é suspeita de Covid-19. 80% dessas pessoas que tenham síndrome gripal pode ser corona, mas não vão agravar e elas precisam ficar em casa, se hidratando bem e tomando paracetamol. Essas são as orientações que os médicos passam através do call center. Se a pessoa apresenta febre alta com duração de três dias e falta de ar, o atendimento deve ser procurado”, explicou a médica.

As pessoas que tem mais de 60 anos, que já tem alguma doença como hipertensão, diabete, que faz tratamento de câncer ou tem outras doenças que alteram o sistema imunológico, podem ligar para o call center, caso apresentem os sintomas, que serão orientadas. “Essas pessoas têm um pouco mais de risco de se agravar, mas nem todas elas precisarão ser examinadas presencialmente pelo médico”, disse Maiara Cristina.

Sobre a falta do Tamiflu, medicamento que apresenta eficácia na prevenção e tratamento da influenza tipo A e B, que gerou especulações, a diretora de assistência farmacêutica da Semusa, Marilia Guedes, esclarece o país todo está enfrentando um problema de desabastecimento. “Isso foi confirmado pelo próprio Ministério da Saúde porque não há insumos farmacêuticos para a fabricação. A perspectiva, é que ele seja repassado no final deste mês. Por não haver esse medicamento, o recomendado é que priorize o que temos para pessoas do grupo de risco e idosos”, finalizou.

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