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Desaparecidos desde quinta-feira, famílias mantém esperança em encontrar agricultores com vida

Terça-feira, 19 Dezembro de 2017 - 08:58 | da Redação


Desaparecidos desde quinta-feira, famílias mantém esperança em encontrar agricultores com vida

Desde a última quinta-feira três agricultores, um deles ex-brigadista do ICMbio, estão desaparecidos após irem a uma área de terras em disputa nas divisas entre Rondônia e Amazonas, no vizinho Município de Canutama. As famílias estão apreensivas, já apelaram e receberam apoio da PM e Corpo de Bombeiros rondoniense, mantém uma aeronave a disposição para possível resgate e permanecem esperançosas.

Os desaparecidos são Flávio Lima de Souza, Marinalva Silva de Souza e Jairo Feitosa Pereira. Flávio trabalhava no Instituto Chico Mendes –ICMBIO, é presidente de associação de moradores rurais, casado pai de três filhos. Marinalva é a vice presidente da associação, também casada mãe de 3 filhos e um bebê de 1 ano e 6 meses. Jairo é casado e sitiante.

A irmã de Flávio, Lucicleia Lucia, disse que os três seguiram ao local para fazer fotos, registro da área e não mais foram vistos. “Eram 5 pessoas, duas no barracão e o filho da Marinalva. Eles foram na fundiária da área e disseram que iriam voltar para almoçar. Só fomos avisados no sábado à noite quando começamos a acionar as autoridades”.

Já no domingo, ela conta, que o Corpo de Bombeiros fez uma varredura o dia inteiro, mas sem sucesso. “As primeiras informações, que a Polícia nos repassou é que no local houve possivelmente uma tocaia. As buscas vão continuar e acreditamos que eles estejam vivos, sequestrados ou escondidos, temos um fio de esperança”.

Segundo Lucicleia, o local é uma área de conflito de terras em disputa pelos supostos donos com 360 famílias e agora em dezembro houve decisão favorável aos agricultores. “Eles já tinham sido ameaçado e há registros na Delegacia de Humaitá. Registraram queixa contra o gerente da fazenda, já tinham derrubado casas. Existiam esse tipo de ameaça sim, meu irmão, estava ali defendendo causa comum”.

As buscas seguem em toda a região e de acordo com Lucicleia, até a Marinha já se dispôs a ajudar com possíveis buscas no rio Mucuim, nas proximidades.

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