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Ex-presidente do Peru tenta suicídio ao ser detido por caso Odebrecht

Quarta-feira, 17 Abril de 2019 - 10:35 | do El País


Ex-presidente do Peru tenta suicídio ao ser detido por caso Odebrecht

O ex-presidente de Peru Alan García deu entrada em um hospital em estado crítico após ter disparado contra si mesmo quando seria detido pela Polícia em sua residência, no enquadramento das investigações pela suposta trama de subornos da construtora Odebrecht. Agentes da Divisão de Investigação de Delitos de Alta Complexidade foram nesta quarta-feira à casa do ex-mandatário, no bairro de Miraflores, na capital Lima, para cumprir a ordem de detenção que pesava sobre ele. Fontes citadas por Rádio Programas del Peru (RPP) indicaram que os agentes o encontraram já ferido, depois que ele se trancou e efetuou o disparo.

Segundo a rede América Televisão, Garcia está em estado crítico. “A situação é delicada, neste momento ele está sendo operado”, disse o advogado do ex-presidente, Erasmo Reyna, do lado de fora do hospital Casimiro Ulloa. Segundo comunicado do Ministério da Saúde, García ingressou ao hospital de emergências às 6h45 (hora local do Peru), com diagnóstico de impacto de bala de entrada e saída da cabeça. “O paciente está na sala de operações desde as 7h10. Seu estado de saúde é delicado com um prognóstico reservado.”

O ex-presidente, que governou o país entre 1985 e 1990 e entre 2006 e 2011, estava sob investigação por supostos subornos na construção de uma linha de metrô para Lima, projeto no qual estava envolvida a construtora brasileira Odebrecht. A polícia também deteve nesta quarta-feira Luis Nava, ex-secretário-geral de Presidência, e Miguel Atala, ex-vice-presidente da Petro Peru, que supostamente recebeu 1,3 milhão de dólares da gigante brasileira numa conta do banco D'Andorra. Ele teve sua saída do país proibida em novembro do ano passado, enquanto era investigado por lavagem de dinheiro, conflito de interesses e tráfico de influências no caso da concessão da Odebrecht. García chegou a pedir asilo no Uruguai, refugiando-se na casa do embaixador uruguaio em Lima. Mas o governo de Tabaré Vásquez negou o pedido.

Um acordo de colaboração entre a equipe de procuradores da Lava Jato do Peru e a construtora, assinado no dia 14 de fevereiro levou a novas evidências de propina distribuída entre os altos cargos no Peru. As mais recentes, divulgadas pelo meio digital IDL-Reporteros e o jornal El Comercio, comprovavam que a Odebrecht pagou ao menos 4 milhões de dólares a Luis Nava, que foi braço direito de Garcia no Palácio do Governo.

A ordem de detenção preliminar por dez dias – que os agentes cumpriam nesta manhã — foi emitida por um juiz a pedido dos fiscais da equipe especial Lava Jato. A ordem alcançava também seu círculo mais próximo em seu segundo mandato. Enrique Cornejo, então ministro dos Transportes, além de Miguel Atarra e do braço direito Luís Nava. Seriam presos a seguir os filhos de Nava e Atala, por suspeitas de terem recebido da Odebrecht em suas contas bancárias.

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