“Medida teria sido recomendação do Ministério Público do Estado. Cinco professores já saíram e pelo menos mais oito devem voltar à Seduc”

Mais de duzentos alunos portadores de necessidades especiais da escola Pestalozzi, em Porto Velho, estão sem aula há cerca de um mês por falta de professores. Cinco profissionais eram do quadro do Governo do Estado, que teria ordenado o retorno deles à Secretaria de Educação e, pelo menos mais cinco também estão na iminência de deixar a escola.  A denúncia foi feita por um grupo de pais e pela própria presidente da entidade filantrópica Pestalozzi, Margarida Rocha.

“Isso é um absurdo. Esses profissionais eram especializados. Davam aulas de artes cênicas, horta, entre outras atividades, que são essenciais para um portador de necessidade especial”, disse a presidente da Pestalozzi, Margarida Rocha, relatando ainda que ano passado o governador Confúcio Moura teria tido um encontro na sede da escola. “O governador se comprometeu que não ia mexer com nossos alunos”, ressaltou.

Pais lamentam

Walmir Cunha tem um filho, que estuda há 16 anos na Escola Pestalozzi. Ele explicou que o garoto já está sentindo falta de algumas aulas específicas. Disse que procurou funcionários da Seduc que teriam afirmado que os professores foram retirados por uma recomendação do Ministério Público do Estado, assinada pelo promotor da Vara de Infância e Juventude, Marcelo Oliveira. “Não sei se a culpa é do MP ou da Seduc, o fato é que 250 alunos especiais estão prejudicados”, finalizou.