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Hermínio Coelho diz que sociedade não pode aceitar a bandalheira na política como normal

Quarta-feira, 08 Maio de 2013 - 16:46 | Assessoria


Durante entrevista coletiva, no final da manhã desta quarta-feira (08), em seu gabinete, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD) disse que a sociedade precisa se indignar e não aceitar a bandalheira na política como se isso fosse uma coisa “normal”. “O jogo é muito bruto na política e lutar contra esse sistema mesquinho, de conchavos, de barganhas é muito difícil. A sociedade precisa se indignar e não aceitar essa bandalheira como normal, pois não é”, disse.



Hermínio Coelho voltou a se posicionar contrário à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, em tramitação no Congresso Nacional e que retira do Ministério Público o poder de investigar, especialmente os chamados crimes do colarinho branco. “A corrupção ultrapassou todas as barreiras do aceitável. Hoje, eles metem a mão em 90% do valor de uma obra para ratear entre os corruptos e fazem uma obra mal feita com os 10% restantes. Isso ocorre de Norte a Sul do país e nós aceitamos tranquilamente. Por isso que o trabalho do MP é importante para resguardar a boa aplicação dos recursos públicos”, destacou.

O presidente disse ainda que “se com todo o trabalho de apuração do Ministério Público já não é fácil pegar os corruptos, imagina sem o poder de investigar? Se com a presença do Ministério Público, a bandalheira já é grande, imagina se não houver mais esse poder de investigação?”.

O parlamentar destacou que a Assembleia Legislativa, ao contrário do Congresso, tem aprovado leis que dão mais autonomia ao Ministério Público. “De forma inédita no país, aprovamos que a escolha do procurador-geral de Justiça seja feita de forma direta, acabando com a lista tríplice para a escolha do governador, dando mais autonomia à instituição”, destacou. O presidente acrescentou ainda que a Assembleia também revogou a chamada lei da mordaça, que restringia a atuação do Ministério Público.

Campanha de civismo

Cansado de denunciar os desmandos e de ver o nome de Rondônia manchado com inúmeros escândalos, o presidente manifestou o seu desejo de que a Assembleia Legislativa, junto com outros poderes e a sociedade, realizem uma campanha institucional de civismo. “Temos que nos mobilizar pra mostrar ao Brasil que Rondônia tem gente honesta, trabalhadora, pacífica e que luta com dignidade para sobreviver. Ao contrário dos políticos aventureiros, temos trabalhadores, empresários, comerciantes, servidores públicos, policiais, enfim, uma população que produz e ajuda o Estado a crescer”, observou.

Segundo ele, a população anda com a autoestima baixa e precisa reacender o orgulho de ser rondoniense, de fazer parte desse grupo de “bandeirantes de Rondônia”, com uma história de luta, dedicação e amor por esse pedaço maravilhoso do país. “Nós políticos temos que dar o exemplo de retidão, zelo com a coisa pública, respeito ao cidadão e responsabilidade nas ações”, completou.

Dívida do Beron

O presidente voltou a citar a bilionária dívida do Beron, que sangra mensalmente os cofres do Governo, há 15 anos, com descontos mensais entre R$ 15 milhões a R$ 16 milhões. “O Governo Raupp quebrou o banco, repassando ao controle do Banco Central com um rombo de R$ 48 milhões. Após três anos, a União devolveu o Beron para o controle do Estado com mais de R$ 300 milhões de dívidas”, informou. Segundo Hermínio, “essa é uma conta injusta e o que estamos aguardando é que o Supremo Tribunal Federal pelo menos suspenda esse pagamento mensal. Já pagamos R$ 1,3 bilhão e temos mais R$ 1,3 bilhão para pagarmos nos próximos 15 anos”.

Greve dos agentes penitenciários

Após idas e vindas, acordos descumpridos e o envio do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos agentes penitenciários em desacordo com os interesses da categoria, o presidente classificou como “é mais uma esculhambação. O projeto é ruim e o Governo fica iludindo a categoria, de forma perversa e mesquinha”.
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