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Lixo toma conta de Porto Velho e distritos enquanto Prefeitura ajuda empresa e manda Eco PVH concentrar coleta em poucas ruas
Segunda-feira, 10 Novembro de 2025 - 13:57 | Redação
A Prefeitura de Porto Velho deixou claro, no último sábado (8), que faz de tudo para ajudar a empresa Eco PVH a continuar com o serviço de coleta de lixo — mesmo diante do verdadeiro caos implantado a partir de uma decisão de contratação emergencial dos resíduos sólidos.
O primeiro exemplo foi a anunciada possibilidade de multa de R$ 753.717,33, valor irrisório diante da situação enfrentada pela população. Segundo a Prefeitura, medidas mais drásticas ainda não foram tomadas porque a empresa tem direito ao contraditório. Enquanto isso, o lixo segue se acumulando e os porto-velhenses continuam sofrendo com o descaso.
No mesmo dia, um despacho da Agência Reguladora e de Desenvolvimento de Porto Velho (ARDPV) — comandada pelo amigo pessoal do prefeito, Oscar Netto e outros advogados— mandou a Eco PVH concentrar a coleta em poucas e pequenas ruas da cidade, alegando supostas denúncias de moradores.
O documento determina que, “no prazo improrrogável de seis horas, contadas do recebimento deste despacho, o Consórcio Eco PVH deverá realizar a coleta completa dos resíduos” nos seguintes locais: rua Cará nº 1791; rua Magnólia nº 3845; rua Mário Andreazza; rua Chapada dos Parecis; rua Prudente de Morais; beco Alexandre Guimarães; bairro Mato Grosso; bairro Cohab; bairro Cidade Jardim; rua Murici; rua Marechal Deodoro e estrada Santo Antônio.
Enquanto essas poucas regiões recebem atenção, milhares de famílias residentes em bairros mais distantes, como os populares e dos distritos, seguem abandonadas em meio a grande quantidade de lixo na cidade.
Nesta segunda-feira (10), o prefeito Léo Moraes comentou o assunto em entrevista à rádio Parecis. Ele afirmou que o vereador Breno Mendes, líder do governo na Câmara, “está cumprindo seu papel” ao pedir o cancelamento do contrato com a empresa após sucessivos descumprimentos.
Mas, ao falar sobre o caos da coleta, o prefeito minimizou o problema, dizendo que “não seria a primeira vez” que isso acontece em Porto Velho — uma declaração que soou como desrespeito à população, que convive diariamente com ruas tomadas por lixo e insetos.
