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Lula minimiza desmate, mas ministra insiste em números falsos

Quinta-feira, 31 Janeiro de 2008 - 15:54 | Assessoria


O governador Ivo Cassol tem acompanhado as declarações da ministra do Meio Ambiente quanto ao erro do governo federal em ter divulgado dados incorretos de que existiam 7 mil quilômetros de área desmatada na Amazônia, e tem se surpreendido, porque a ministra Marina Silva, não admite o erro, muito embora o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara, tenha admitido a dupla contagem que os dois programas responsáveis pelo monitoramento da floresta via satélite realizou (Prodes e Deter). Na última quarta-feira, o presidente Lula disse que havia um alarde em relação aos números do desmatamento, contrariando a posição de sua ministra.
Para Cassol, a ministra quer penalizar a qualquer custo, os estados da região Amazônica, principalmente Rondônia. O presidente Lula declarou que ainda tem dúvidas sobre o aumento do desmatamento na Amazônia. Inclusive, o presidente fez uma comparação “como um tumor, que antes do diagnóstico, foi tratado com câncer”. Na mesma entrevista o presidente defendeu o agronegócio e afirmou que ninguém pode culpar a soja, o feijão, o gado ou os trabalhadores rurais sem terra pelo desmatamento, antes de investigar o que aconteceu.

Indignação

“A ministra não admitiu que errou, e ainda fica procurando possíveis indícios de derrubadas na Amazônia, especialmente em Rondônia, uma semana depois de o INPE ter admitido que errou. Ela não se conformou com o novo relatório repassado pelo Instituto e fez um sobrevôo em algumas regiões dos estados do Mato Grosso e Pará, e mesmo depois de ver de perto a realidade, defendeu o sistema Deter que fez a contagem em cima dos dados já computados pelo Prodes. E ainda teve coragem de dizer que a divulgação daqueles dados errados, que contestei desde o início, foi uma forma de alerta. Pra mim foi uma irresponsabilidade sem tamanho, que mostra o despreparo dela para ocupar uma pasta ministerial”, critica Cassol.
O governo federal informou que os dados serão revisados pelo sistema Prodes, do próprio INPE. Cassol voltou a dizer que o desmatamento em Rondônia acontece, mas de forma pequena, e que a cada ano o número vem sendo reduzido, principalmente com as ações realizadas em conjunto entre Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sedam) e Polícia Ambiental. “A exemplo do estado do Mato Grosso, nós fizemos o levantamento das áreas em que o Inpe registrou como desmatadas, para confrontar os dados apresentados, e a realidade mostrou que estávamos certos desde o início”, finalizou.
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