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Mais dois réus do caso Urso Branco são julgados esta semana

Terça-feira, 25 Maio de 2010 - 10:02 | Assessoria


Foi aberta nesta terça-feir, a sexta sessão de julgamentos dos acusados pelas mortes no presídio Urso Branco, em Porto Velho. Um grande aparato de segurança foi montado para que Macson Cleiton Almeida Queiroz (Quinho) e Márcio Viana da Silva (Pilha) sejam julgados pelos sete jurados sorteados. Eles e outros 14 detentos são acusados por 27 assassinatos ocorrido no interior da presídio, após uma tentativa frustrada de fuga há oito anos.



Os dois réus estão presos atualmente no presídio federal de Porto Velho, na BR-364, a cerca de 50 quilômetros do centro da capital. Por isso, cerca de 20 agentes penitenciários federais permanecem de guarda na área próxima ao plenário do júri, com armas de grosso calibre. Eles seguem rigorosos procedimentos para o transporte dos presos, que no presídio, de segurança máxima, permanecem em celas individuais, com direito a duas horas de banho de sol por dia.

A acusação, feita pelo Ministério Público, está a cargo dos promotores de justiça Marcelo Guidio e Leandro Gandolfo. A defesa de Quinho será feita pelos advogados Walter Bernardo de Araújo e Roberto Harlei, da Defensoria Pública do Estado. Já o acusado Pilha é defendido por três advogados particulares: José Ribamar da Silva, Evaldo Silvan Duck Freitas e Maria Eugênia de Oliveira.

Segundo a denúncia feita pelo MP, os acusados teriam executado os outros presidiários após a direção do Urso Branco ter colocado nos pavilhões, presos que eram ameaçados de morte. Com o controle da cadeia, os "matadores" teriam feito uma espécie de julgamento das vítimas, em que a condenação equivalia à tortura e golpes de uma arma artesanal feita com pedaços de ferros da própria penitenciária, conhecidos como "chuchos". Esse ataque resultou nas mortes dos 27 presidiários.

Nos depoimentos à polícia, na época da investigação, e na instrução criminal (ao juiz), ambos os réus negaram participação nas mortes. A negativa de autoria foi a versão apresentada por todos os outros réus julgados. Dos 16 que seriam julgados no mês de maio, dois terão os júris remarcados; nove foram condenados a penas superiores a 400 anos; e três, absolvidos. Ainda serão julgados por essas mortes mais um preso e três ex-diretores do presídio na época dos crimes. Eles recorreram da decisão do Juiz Aldemir de Oliveira, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Velho, de levá-los a Júri Popular e aguardam o julgamento de recursos no Tribunal de Justiça (2º grau de jurisdição).

Jurados

Foram sorteados sete pessoas, de uma lista de 25 nomes. Defesa e acusação dispensaram três pessoas cada. Cinco mulheres e dois homens formam o conselho de sentença. Eles ficarão incomunicáveis até o fim do julgamento, que pode se estender até a amanhã (26). À disposição da Justiça, não podem ir para casa ou usar telefone, ver televisão ou ler jornais, por exemplo. O julgamento começa com o depoimento das testemunhas, passa pela leitura de peças do processo e o interrogatório dos réus. Em seguida, são realizados os debates entre defesa e acusação, que podem durar até nove horas. Só após essas fases é que os jurados se reúnem na sala secreta para a votação dos quesitos que decidirão sobre a culpa ou inocência dos acusados. Rondoniagora.com

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