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Mototaxista aguarda há 3 anos recebimento de indenização por acidente da seguradora

Quarta-feira, 03 Setembro de 2014 - 08:46 | RONDONIAGORA


Depois de 17 dias em coma e 26 na UTI por conta de um acidente ocorrido há 3 anos, o mototaxista Osmar Batista de Oliveira, 39, até hoje aguarda o pagamento de uma indenização da seguradora American Life pelo grave sinistro que sofreu.



O caso de Osmar é apenas um dentre outros denunciados pelo Sindicato dos Mototaxistas na terça-feira em Porto Velho, durante a audiência pública realizada hoje na Câmara Municipal para discutir o pagamento do seguro obrigatório pela categoria a uma seguradora. O contrato com a seguradora simplesmente só existe no papel, já que a seguradora, segundo os mototaxistas, não cumpre os acordos estabelecidos. O pagamento do seguro foi estabelecido por Lei Municipal e, segundo os mototaxistas, trata-se de um segundo (DPVAT). Nem mesmo na Justiça, os mototaxistas têm conseguido êxito. Os processos julgados favoráveis aos mototaxistas são objetos de recurso da seguradora que prefere recorrer da sentença a cumprir o acordo previsto em contrato. “Antes dessa Lei tínhamos um fundo de reserva que funcionava precariamente, mas nunca nos deixou na mão. A situação só piorou quando contatamos com a seguradora. Iguais a mim existem outros mototaxistas em situações parecidas, aguardando inclusive, encaixe para a cirurgia”, comentou Osmar.

Atualmente, Osmar está encostado, recebendo um salário mínimo pelo INSS e seu irmão está trabalhando com a placa do mototáxi para garantir o sustento de todos. Até hoje, Osmar está com um dreno na cabeça, está com os ligamentos do braço esquerdo rompidos e a clavícula quebrada. “Sem cirurgia, e sem indenização. Dinheiro mesmo eu só recebi do DPVAT. Estou sequelado e sem poder trabalhar, lutando na Justiça para garantir um direito pelo qual paguei”, comentou.

O Sindicato dos Mototaxistas querem a revogação do Artigo da Lei Municipal que obriga a contratação do seguro. Presente à audiência, o presidente do Sindicato dos Mototaxistas (SIndimotos), Ivonil Farias, o Nil, disse que eles não querem se desobrigar do seguro, mas sim romper um contrato que só trouxe dor de cabeça para a categoria ao lembrar que o seguro precisa ser pago até por questão de segurança também ao passageiro. O primeiro vereador a falar, Cláudio da Padaria (PC do B), lembra que não foi a Câmara a autora da Lei, mas sim o Executivo, e não vê motivos para que o seguro continue existindo. “Não precisamos de autorização da Prefeitura, ou da Semtran, na próxima semana, vamos votar um projeto retirando essa obrigatoriedade, sem torná-lo inconstitucional”, destacou. Rondoniagora.com

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