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Mulheres protestam por visita intima; Sindicato diz que faltam agentes penitenciários

Sábado, 08 Agosto de 2015 - 15:24 | RONDONIAGORA


Mulheres protestam por visita intima; Sindicato diz que faltam agentes penitenciários

Tensão e revolta marcaram a manhã deste sábado na Penitenciária Estadual Edvan Mariano Rosendo, o Urso Panda, na Estrada da Penal. Um grupo de mulheres protestou bloqueado a via e impedindo a passagem de veículos, inclusive viaturas policiais.  O protesto foi gerado após a informação de que as visitas íntimas seriam canceladas por falta de servidores suficientes de plantão para realizar a segurança.



A situação também gerou tensão no ambiente interno da unidade, que tem uma população de mil detentos, e cerca de 200 deles recebem visitas semanalmente. Os apenados faziam diversas ameaças, assim como as esposas. Um agente penitenciário confirmou ameaça de motim e as informações externas, inclusive que chegavam à imprensa era que a situação era de caos, com apenados ateando fogo em colchões.

Em clima de tensão, mais de 400 mulheres se aglomeraram em frente a área de revista do presídio, levando alimentos para serem levados aos apenados, e um grupo dava seguimento a manifestação do lado de fora. Representantes da Secretaria de Segurança (SEJUS) chegaram ao local, e o Singeperon, o Sindicato dos Servidores Penitenciários foi acionado.

O presidente do Singeperon Anderson Pereira, explicou que a situação é resultado da falta de servidores suficientes para atender a demanda de serviços na unidade, e da falta de condições de trabalho. “A cada plantão são apenas quinze servidores para mil presos, e ainda esses servidores têm que trabalhar totalmente desprovidos de equipamentos de segurança antimotim e com a falta de munições”, disse Anderson.

A falta de condições de trabalho nos presídios de Rondônia foi assunto recente em reunião no Tribunal de Justiça, que teve a participação do secretário da Sejus, Marcos Rocha e do presidente do Singeperon. A preocupação das autoridades é que as situações de precariedade e de insegurança nas unidades possam resultar em motins e novas rebeliões.

Os protestos encerraram após a entrada das mulheres, mas não houve visitas intimas.

Rondoniagora.com

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