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Nutricionista alerta para fórmulas de emagrecimento sem acompanhamento médico

Sábado, 17 Agosto de 2019 - 10:21 | da Redação


Nutricionista alerta para fórmulas de emagrecimento sem acompanhamento médico

A busca pelo corpo perfeito não é uma novidade no mundo da estética e da saúde. Tem sido cada vez mais constante a procura por formas rápidas para a perda de peso, sendo medicações um dos recursos mais visados para chegar ao emagrecimento. O RONDONIAGORA conversou com a nutricionista, Lunara Valverde, e ela esclareceu dúvidas sobre as medicações e falou sobre a maneira correta do processo de emagrecimento.

Em um país onde padrões estéticos estão acima da saúde o uso de medicamentos para emagrecimento tornou-se a fórmula mágica do “milagre”. Vendidos como milagrosos, eles têm efeitos, e as pessoas parecem não se importarem com riscos e sim com o resultado final que ele promete. “Tomar remédio para emagrecer sem acompanhamento, é algo muito arriscado, e infelizmente bastante comum no Brasil, um país tão pautado pela beleza e pelos padrões estéticos. Por aqui ainda é fácil comprar, sem a exigência de receita, muitas das substâncias que já estão há anos proibidas em outras regiões do mundo, justamente por conta das suas consequências negativas a longo prazo’, enfatizou a nutricionista.

No Brasil, segundo a nutricionista, os medicamentos para emagrecer podem atuar de três maneiras: inibindo o apetite, aumentando a saciedade ou não absorvendo a gordura ingerida. Cada uma dessas medicações tem um efeito colateral diferente. Os medicamentos mais populares são à base de anfepramona, mazindol e femproporex. Seus efeitos colaterais são variados, sendo insônia, ansiedade e depressão alguns dos efeitos.

E está comprovado, segundo Lunara Valverde, que nenhuma das formas de emagrecer tomando medicamentos vendidos sem acompanhamento, funcionou sem levar junto efeitos colaterais como, insônia, boca seca, ansiedade, depressão, prisão de ventre, tontura, cansaço, dor de cabeça, diarreia e até anemia e em casos mais graves, convulsões, urticária, pancreatite, cálculos em vesícula biliar e risco de hipoglicemia. “Dentre a classe dos saciantes, a sibutramina é o mais utilizado e com princípio ativo com registro mais antigo no país, desde março de 1998. Hoje proibida nos Estados Unidos”, diz.

A nutricionista Lunara explica, que um dos pontos que influenciam a busca pelo emagrecimento acontece pelo padrão imposto por outras pessoas, onde geralmente a estética parece ser mais importante que a saúde. “Isso explicaria a busca por medicações que prometem rapidez no emagrecimento. Como nutricionistas, não recomendamos qualquer medicação, e sim hábitos saudáveis, enfatizando a saúde em primeiro lugar”, explicou a nutricionista.

Segundo a Comissão Internacional de Controle de Narcóticos (CICN) o Brasil é o país em que há o maior consumo de medicamentos para emagrecer. “Surgindo aí um alerta aos governantes do país para uma medida eficaz na restrição da venda. As pessoas precisam se conscientizar que os medicamentos para emagrecer nunca deve ser a primeira opção para emagrecer”, alertou Lunara Valverde.

A medicação só é necessária em casos muito específicos. “Quando existe essa necessidade, o nutricionista recomenda medicações fitoterápicas, que são naturais, podendo ser manipulados. Essa medicação deve ser acompanhada com alimentação certa, e os cuidados com a saúde”, disse Luana Valverde.

Os efeitos das medicações é para tirar a vontade de comer. “Nós não recomendamos. Isso vai contra os princípios da nutrição, porque aconselhamos as pessoas a comerem. Elas irão emagrecer comendo da maneira correta”, esclareceu a nutricionista.

Como emagrecer de uma forma saudável

Reeducação alimentar e constância foram algumas das coisas mais enfatizadas pela Nutricionista. “O acompanhamento com um profissional torna esse processo muito mais eficaz e saudável, pois o paciente é ensinado a comer da maneira certa”, disse Luana Valverde.

Ligado à reeducação alimentar, os exercícios físicos são parte do processo para chegar ao resultado esperado. “Cerca de 70% é como você se alimenta, e o 30% é atividades físicas, sendo adaptado a cada pessoa”, completou a nutricionista.

O ideal a fazer primeiramente, é experimente mudar hábitos como sua alimentação e atividade física. “Tudo é um conjunto, até porque a medicação é uma muleta e não deve ser usado para sempre. Caso essas medidas não se mostrem eficazes, aí sim os medicamentos podem ser uma alternativa, no perfil de cada pessoa é sempre com acompanhamento de um profissional habilitado, até porque esses medicamentos tem efeitos de uma droga, e nunca deve ser levado como a única solução”, finalizou Lunara Valverde.

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