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Operação do MPRO mira grupo que usava violência extrema para cobrar dívidas e intimidar vítimas
Sexta-feira, 25 Julho de 2025 - 09:29 | Redação

O Ministério Público de Rondônia (MPRO) deflagrou, nesta sexta-feira (25), a Operação Cruciatus, um desdobramento da Operação Soldados da Usura. O Ministério Público do Mato Grosso (MPMT) também participa da ofensiva com cumprimentos de mandados. As investigações apuram um esquema de empréstimos ilegais e cobrança com extrema violência
São apuradas a prática dos crimes de tortura, extorsão e roubo praticados, em tese, por um grupo de pessoas a mando e com a participação direta de uma das investigadas, materializados em uma série de agressões que causaram grave sofrimento físico e mental contra vítima já identificada, com o fim de obter declaração e confissão, seguidos da prática dos crimes de extorsão com restrição da liberdade e roubo.
Segundo informou o MPMT foram cumpridos naquele estado um mandado de prisão preventiva e outro de busca e apreensão.
Ainda de acordo com o MPMT Durante a fase inicial das investigações foram apreendidos aparelhos telefônicos e extraídas conversas em áudio e vídeo que revelaram a prática de crimes como tortura, extorsão, roubo, ameaças, coação de vítimas e indícios de intimidação de testemunhas.
Os criminosos agiam com extrema violência. Em um dos casos, uma vítima foi coagida a assinar um recibo sob ameaça de morte de seu filho, de apenas três anos. O grupo também utilizava a intimidação para cobrança de valores e represálias relacionadas a acordos trabalhistas e conflitos comerciais, com divisão de tarefas entre os membros da organização criminosa.
Já o MPRO afirma que as diligências revelaram ainda que o grupo agora investigado contava com a participação de um policial militar, que atuou monitorando outras vítimas para praticar o mesmo tipo de conduta, somente não tendo consegui o intento desejado por conta da deflagração da primeira fase da Operação Soldados da Usura, em fevereiro, na qual foi preso preventivamente um dos principais articuladores do esquema agora desmantelado.
A fase ostensiva da operação conta com apoio das Polícias Civil e Militar de Rondônia, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Mato Grosso (Gaeco-MPMP) e cumpre 6 mandados de prisão preventiva e 6 de busca e apreensão nas cidades de Porto Velho e Cuiabá.