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Polícia Civil: Amazon Fort repassou R$ 500 mil em propina a ex-secretário de Florianópolis

Quarta-feira, 20 Agosto de 2025 - 09:16 | Redação


Polícia Civil: Amazon Fort repassou R$ 500 mil em propina a ex-secretário de Florianópolis

A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu o inquérito da Operação Presságio e indiciou 23 pessoas por corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, entre outros crimes, encaminhando as conclusões ao Ministério Público. Apontado como chefe da quadrilha, o ex-secretário Ed Pereira, foi acusado de receber R$ 500 mil em espécie da empresa sediada em Porto Velho, Amazon Fort, por ter intermediado a contratação do grupo por meio de dispensa de licitação para coleta de resíduos sólidos. Os dados constam no relatório final, que desvendou esquema de desvio de recursos públicos por meio de contratos fraudulentos em Florianópolis.

De acordo com o relatório, a empresa Amazon Fort foi contratada, por meio de dispensa de licitação, para suprir a demanda deixada pela Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap) durante uma greve realizada em 20 de janeiro de 2021. Porém, o contrato foi assinado no dia 19 de janeiro do mesmo ano, um dia antes da decretação oficial da paralisação. A mesma empresa teria feito uma publicação de vagas para Florianópolis no fim de dezembro de 2020.

Mesmo com a contratação em caráter emergencial, a greve dos servidores da Comcap terminou cerca de 15 dias depois, o que segundo o relatório já configuraria no término do contrato com a Amazon Fort — o que não ocorreu. O contrato entre a Prefeitura de Florianópolis e a empresa sediada em Porto Velho e sem nenhum vínculo com Santa Catarina, durou 17 meses e custou aos cofres públicos, mais de R$ 29 milhões.

Amplo material foi divulgado na imprensa daquele Estado. O relatório apontou ainda que Ed Pereira e um dos sócios da empresa contratada já possuíam uma relação há algum tempo, fato que o ex-secretário disse, em entrevista à imprensa local, não ser verdade. O relatório também aponta que a contratação irregular resultou não apenas em indícios de corrupção passiva, mas também em crimes ambientais. Foi identificado o uso de uma área pública como ponto de transbordo de lixo sem a devida licença ambiental.

Polícia Civil: Amazon Fort repassou R$ 500 mil em propina a ex-secretário de Florianópolis

Além de Pereira, outras cinco pessoas foram indiciadas por crimes como corrupção ativa e passiva, fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O caso, investigado desde 2021, se tornou um dos principais desdobramentos da Operação Presságio, que revelou esquemas de desvio de recursos públicos ligados à coleta de lixo em Florianópolis.

Em Porto Velho

O grupo Amazon Fort também está tentando judicialmente a contratação emergencial da coleta de lixo em Porto Velho. O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, abriu processo em caráter emergencial, dispensando a análise técnica, legando urgência na contratação. A vencedora foi a empresa Aurora, mas posteriormente desclassificada porque não apresentou atestado de capacidade técnica. Uma Resolução aprovada pela Câmara de Vereadores de Porto Velho sustou a licitação emergencial, e hoje a Amazon Forte tenta derrubar a matéria no Tribunal de Justiça.

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