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Racismo institucional é discutido no curso de mediação de conflitos, em Porto Velho

Quinta-feira, 26 Abril de 2018 - 12:11 | da Secom/RO


Racismo institucional é discutido no curso de mediação de conflitos, em Porto Velho

Aproximadamente 160 lideranças das áreas sociais e da segurança pública no interior de Rondônia serão mobilizadas para a multiplicação do aprendizado oferecido pelo curso de mediação rápida de conflitos, iniciado na manhã de hoje (26) no auditório do Senac, em Porto Velho com a presença de mais de 150 participantes.

“O esforço conjunto pode solucionar algumas situações inadiáveis”, disse a secretária estadual da assistência e do desenvolvimento social, Cira Moura.

O racismo institucional será amplamente debatido até o final da programação, às 18h. Ele está presente na saúde, segurança pública, na educação e demais ambientes de trabalho. É o privilégio a determinado grupo de indivíduos em detrimento de outros, em razão da etnia a qual estes pertencem, revelando-se na diferença de tratamento, distribuição de serviços ou benefícios.

Entre outras autoridades estão presentes no curso o secretário executivo dos conselhos do Ministério dos Direitos Humanos, Rlick Santos, e a coordenadora do Núcleo da Igualdade Racial da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Social (Seas), Elsie Shockness.

Em setembro do ano passado, o Ministério Público Federal em Rondônia emitiu recomendação a oito hospitais públicos e ao Distrito Sanitário Especial Indígena de Porto Velho, por causa do mal atendimento a indígenas. A discriminação racial é ainda mais reprovável quando praticada contra indígenas doentes, por ser população vulnerável e estar em momento de extrema fragilidade”, assinalava o MPF em nota.

A recomendação resultava de uma investigação que apurou um caso ocorrido com um indígena da etnia Amondawa no Hospital Municipal de Jaru. Na região de Vilhena vivem 2,5 mil indígenas aldeados e aproximadamente 320 na cidade.

Aperfeiçoamento

A extensão dessa capacitação ao interior será feita por meio do estabelecimento de termo de cooperação entre as secretarias, PM, autoridades e lideranças locais.

“Vamos nos aperfeiçoar ainda mais em busca de construir o diálogo para as duas partes, no que cada qual abre mão de algo e faz concessões”, previu o capitão PM Marcelo Duarte Correia, secretário executivo do gabinete do governador de Rondônia.

“São os mutiplicadores que irão obter da sociedade a melhoria do diálogo, aproveitando ao máximo o resultado de conversas e vivências”, disse.

Segundo ele, o tema já foi debatido com o coronel PM Rildo Flores a respeito do trabalho em regiões distantes mais de 700 quilômetros de Porto Velho, caso do chamado do Cone Sul.

Melhores mediadores
O secretário executivo elogiou os policiais das radiopatrulhas, em cuja atuação são atendidas diuturnamente as mais diferentes ocorrências nas cidades.

Explicou, por exemplo, que em briga de marido e mulher, muitas vezes as pessoas necessitam ouvir apenas uma mensagem tranquilizadora. “E aí entra o PM da radiopatrulha; o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil também são indispensáveis e podem ajudar, porque na maioria dos casos as pessoas querem ser ouvidas, para relatar seus problemas”.

O evento é promovido pela Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e os Ministérios dos Direitos Humanos e da Justiça e Segurança Pública, em parceria com o governo estadual, sob a coordenação da Secretaria Estadual de Segurança, Defesa e Cidadania e da Seas.

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