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Rede municipal está sem medicamentos básicos em Porto Velho

Terça-feira, 22 Novembro de 2016 - 18:18 | da Redação


Rede municipal está sem medicamentos básicos em Porto Velho

O mandato do prefeito Mauro Nazif está chegando ao fim e a saúde municipal pede socorro com a falta de medicamentos nas unidades básicas de saúde em Porto Velho, de Leste a Sul da cidade, os remédios mais comuns como insulina para diabéticos e os destinados aos hipertensos estão em falta ou com dias contados.

“Para hipertensão aqui não temos nenhum há três meses, e a insulina só temos 18 frascos”, diz um servidor que prefere não se identificar temendo de represália da direção da unidade Hamilton Gondin, na Zona Leste da capital. A unidade de atendimento à saúde da família tem uma lista extensa de remédios em falta. “É mais fácil dizermos o que temos a oferecer”, diz o servidor.

Medicamentos como Metformina, Budezonida, Amoxilina, Cefalexina, Ibuprofeno e Ranitidina, além de Ácido Fólico e Sulfato Ferroso (para gestantes) e cremes vaginais, estão todos em falta nas unidades de saúde municipais. “Isso é um descaso. Não posso ficar sem tomar meu remédio, vou ter que ir atrás na Farmácia Popular, e se não tiver terei que dar um jeito para comprar, porque se depender desses políticos a gente morre”, disparou Francimilton Pereira, 42 anos, que procurava pela Metformina para controlar o nível de glicose no sangue (diabetes).

O mototaxista Paulo Bispo Aguiar havia acabado de passar pela consulta com o médico na tarde desta terça-feira (22), na USB Manoel Amorim de Matos, na Zona Sul da capital, e procurava por Amoxilina na farmácia da unidade. “Não sei como ainda temos que escolher representantes se eles não representam em nada a gente. Vou ter que comprar um remédio que eu já pago com impostos”, reclamou.

Segundo a funcionária do Manoel Amorim de Matos, que também prefere não ser identificada, o pedido é feito com antecedência ao estoque da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), mas como está em falta lá, ela se adianta afirma que sempre inclui na lista mesmo os que sabe que não tem. “Se chegar daqui a 20 dias, caso meu pedido ainda não tenha sido atendido, existe a possibilidade de ainda chegar para nossa unidade”, explica.

Na Zona Leste, onde há três meses funcionários afirmam a falta de medicamentos básicos, o servidor encarregado pela farmácia garante que o que chega é sempre muito pouco para a demanda. “Quando vem é uma caixinha que não dá conta de atender os pacientes do mês. Hoje mesmo não consegui distribuir quase nada, mas não por falta de demanda, mas por falta de medicamentos básicos”, finalizou.

No final da tarde desta terça, a reportagem do RONDONIAGORA tentou contato com o secretário Domingos Sávio, da Semusa, mas não foi atendida em nenhum dos números de telefone disponíveis. Segundos os servidores, não há informação sobre a previsão da chegada de nova remessa dos medicamentos.

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