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Risco de contrair leptospirose em locais alagados de Rondônia é em alto, alerta infectologista

Quarta-feira, 28 Fevereiro de 2018 - 09:07 | da Secom/RO


Risco de contrair leptospirose em locais alagados de Rondônia é em alto, alerta infectologista

Nesta época do ano, devido aos alagamentos que acontecem com frequência por causa das chuvas, aumentam os riscos das pessoas contraírem a leptospirose, uma zoonose infectocontagiosa. O ser humano pode se contaminar, principalmente pela urina do rato, lama ou água contaminada. Ela é causada pela bactéria Leptospira.

A médica infectologista Ester Aita, do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), faz um alerta sobre os riscos da doença. Segundo ela, os principais cuidados são que as pessoas não se exponham as águas de chuvas que acumulam nas ruas e avenidas, os pais não devem deixar as crianças brincarem nas enxurradas e lamas que se acumulam perto das residências; além de evitar o contato direto com a pele com água suja, principalmente se tiver suspeita de roedores na região alagada.

Para quem trabalha exposto ao risco, a recomendação é utilizar proteção individual como máscaras, botas e luvas; e em casos de alagamentos nas residências, quem for fazer a limpeza deve redobrar os cuidados para não ter contato com as águas contaminadas e lavar com bastante água sanitária.

A infectologista esclarece que, na maioria dos casos, a pessoa apresenta sintomas leves, como uma gripe, febre, dores de cabeça e no corpo, mas também pode apresentar dores de lombalgia, nas panturrilhas (batata-da-perna) e vômitos. Há casos em que pode evoluir para forma mais grave, como a hemorragia conjuntival (na mucosa dos olhos), podendo ocorrer icterícia rubínica (coloração alaranjada da pele e das mucosas), insuficiência renal e hemorragia pulmonar.

Em todos os casos, conforme orientação do Cemetron, o paciente deve procurar atendimento médico em uma unidade de saúde próxima de sua casa para fazer o diagnóstico através dos exames e o suporte necessário para os casos que precisam de internação, sendo o tratamento realizado nos casos leves com antibiótico oral e nos casos mais graves com antibiótico injetável.

Dados da leptospirose
Dados do Programa Estadual de Vigilância e Controle da Leptospirose revelam que em 2017 foram notificados 314 casos suspeitos de leptospirose no Sistema de Agravo de Notificação (Sinan), destes 86 foram investigados, sendo 26 pacientes confirmados com a doença e destes 24 confirmados por critério laboratorial e dois óbitos.

Já os dados notificados pelo Cemetron revelam que em 2017 foram 58 casos suspeitos de leptospirose, desse total, 10 casos foram confirmados e ocorreu um óbito.

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