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Semusa registra caso de bebê que veio de Manaus com sarampo; último registro da doença foi em 1999

Terça-feira, 19 Junho de 2018 - 17:25 | da Redação


Semusa registra caso de bebê que veio de Manaus com sarampo; último registro da doença foi em 1999

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) confirmou na manhã desta terça-feira (19) o diagnóstico de sarampo em Porto Velho em um bebê de quatro meses que chegou da cidade de Manaus no dia 16 de junho em uma embarcação. O último caso da doença registrado na Capital foi em 1999.

A notícia de que a criança com suspeita de sarampo estava vindo para a capital cidade foi repassada para o Centro Ações Estratégicas em Vigilância em Saúde. “Rapidamente nós acionamos as equipes de técnicos da imunização, vigilância sanitária, vigilância em saúde, em parceria com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde para estabelecer as medidas a serem desenvolvidas frente ao caso”, disse a secretária Eliane Pasini.

Segundo a gerente de imunização, Elizeth Gomes, na lista de passageiros da embarcação constava vinte nomes, mas foram identificadas mais de 100 pessoas na mesma viagem. “Infelizmente a embarcação chegou antes do previsto no sábado e mesmo assim as equipes identificaram a família e conduziram a criança ao Hospital Cosme e Damião através do SAMU, após exames o sarampo foi confirmado apenas na criança, mas os pais foram imunizados.” afirmou Elizeth.

De acordo com a Semusa, na embarcação estavam 10 venezuelanos, cinco cubanos e cinco argentinos. As equipes da secretaria foram até a rodoviária municipal e encontraram alguns passageiros procedentes da embarcação e vacinaram cerca 576 pessoas contra o sarampo na rodoviária e no porto. Todo o trabalho foi feito seguindo o protocolo de bloqueio que deve ser feito até 72 horas após a identificação do caso confirmado.
“A criança ainda não está na fase de indicada para tomar a dose da vacina, os pais nos informaram que moram em Manaus em um dos bairros com muitos casos de sarampo”, finalizou Elizeth.

Contágio

O sarampo é uma das doenças mais contagiosa e afeta, sobretudo, as crianças. A doença é transmitida por gotas de saliva procedentes do nariz, da boca e da garganta de pessoas infectadas.

Os sintomas consistem em febre alta, erupção generalizada em todo o corpo, congestão nasal e irritação ocular. Pode causar complicações graves, tais como cegueira, encefalite, diarreia intensa, infecções do ouvido e pneumonia, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e em pacientes imunodeprimidos.

A vacina está disponível em todas as unidades de saúde, a tríplice viral deve ser aplicada em bebês de 12 meses, com um reforço aos 15 meses de vida. A dose também é ofertada para pessoas de até 49 anos que não foram vacinadas.

O Brasil tem registrado casos de sarampo importados da Venezuela. Os estados mais afetados pela doença são Roraima e Amazonas.

Apoio da Marinha

Em reunião na manhã desta terça-feira (19), a secretária Eliana Pasini, acompanhada de técnicos, se reuniu com o delegado da Capitania dos Portos, comandante Alexandre Nascimento, e representantes da Agevisa e Anvisa para alinhar medidas de fiscalização no desembarque de passageiros no porto a fim de fazer uma barreira para evitar novos casos de sarampo importados.

O delegado garante que serão intensificados os trabalhos para garantir a segurança da população. “Nós vamos intensificar a fiscalização nas embarcações, com multa para quem infringir a lei, através da equipe de inspeção naval que confere as listas de passageiros e empresas na hora do desembarque”, garantiu o delegado.

A Semusa informou ainda que, uma força tarefa formada por técnicos da Vigilância Sanitária e Departamento de Vigilância em Saúde com apoio da Anvisa e Agevisa, vai oficializar as empresas e despachantes para o preenchimento do formulário de passageiros e comunicação de pessoas que apresentem alguma doença durante as viagens. Não apenas no porto, mas também uma barreira na rodoviária e aeroporto Governador. Jorge Teixeira.

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