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Sintero cobra solução para a falta de professores e pede audiência no MP para discutir a superlotação de salas de aula
Sexta-feira, 31 Julho de 2015 - 10:22 | Assessoria

O Sintero vem recebendo muitas denúncias e reclamações vindas das escolas de que várias turmas estão sendo juntadas em uma sala como medida paliativa adotada pela Seduc para solucionar temporariamente o problema da falta de professores.
Na quinta-feira a direção do Sintero se reuniu com a secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, e com o secretário adjunto, Márcio Félix, para tratar do assunto.
O Sintero vem recebendo muitas denúncias e reclamações vindas das escolas de que várias turmas estão sendo juntadas em uma sala como medida paliativa adotada pela Seduc para solucionar temporariamente o problema da falta de professores.
Durante a reunião, a secretária Fátima Gavioli confirmou que a junção de turmas em uma sala é uma orientação da Seduc, medida adotada após uma reunião com o Ministério Público quando o problema foi discutido. A secretária entende que cada sala pode comportar até 35 alunos, sendo essa a determinação da Seduc para o reordenamento das turmas.
Segundo a secretária, a finalidade é não deixar nenhuma turma sem professor, mesmo que a sala fique superlotada. Nesse caso a Seduc não estaria levando em conta as diretrizes do PNE e do PEE, solucionando temporariamente um problema, mas criando outros bem maiores, entre eles a queda na qualidade do ensino e um desgaste mais acentuado dos professores.
Ela confirmou que o índice de afastamento de professores das salas de aula por atestado médico chega a 20%, e o presidente do Sintero, Manoel Rodrigues da Silva, disse que a tendência é aumentar se as turmas continuarem sendo juntadas.
Ele cobrou a realização de concurso público para preencher as vagas existentes, e a melhoria dos salários como forma de atrair e manter os profissionais, que muitas vezes são aprovados em outros concursos e deixam a educação para ganhar um salário maior em outras profissões.
Não adianta o governo adotar medidas paliativas, pois o problema se avoluma cada vez mais. Sem aumentar os recursos destinados à educação o governo nunca vai ter dinheiro para melhorar os salários nem para contratar professores. O governo já sabe a quantidade de professores que vai precisar no próximo ano. Portanto, precisa tomar providências agora, disse
Auxílio transporte e Piso Nacional
Na mesma reunião com a secretária Fátima Gavioli, a dirertoria do Sintero cobrou a implantação do auxílio transporte nos municípios onde o benefício ainda não é pago, e a correção do vencimento básico dos professores que recebem complemento do Piso Nacional.
A secretária confirmou que o auxílio transporte está sendo implantado gradativamente, e no pagamento de agosto alguns municípios já serão contemplados.
Sobre o complemento do Piso Nacional, a secretária disse que já determinou a correção para que o valor do piso seja o valor do vencimento de quem recebe complemento.