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Unimed nega sumiço de paciente, família reage e denuncia omissão, desorganização e falta de transparência
Domingo, 05 Outubro de 2025 - 09:00 | Redação

O caso envolvendo o servidor público Bruno Augusto da Silva Nunes gerou grande repercussão em Porto Velho após a divulgação de informações de que ele teria fugido da Unimed. Familiares iniciaram uma mobilização em busca do paciente, que enfrenta um surto decorrente de bipolaridade. Horas depois, foi constatado que Bruno estava dentro da própria unidade hospitalar, em um apartamento.
Diante da repercussão, a Unimed Porto Velho divulgou nota, negando que o paciente tivesse deixado o hospital. A instituição afirmou que Bruno permaneceu internado sob cuidados médicos e sem intercorrências, classificando como “informações falsas” as publicações que circularam em redes sociais. O hospital destacou que respeita a privacidade e o sigilo médico, motivo pelo qual não daria detalhes do caso, e reforçou que comunicados oficiais são feitos apenas por seus canais institucionais.
Poucas horas após a divulgação do comunicado, a Família Nunes da Silva divulgou uma nota de repúdio, contestando a versão apresentada pela Unimed. Segundo os familiares, Bruno foi levado à unidade na noite de sexta-feira (3), onde foi recebido e encaminhado para internação. Em nenhum momento, a equipe hospitalar informou sobre a necessidade de acompanhante, razão pela qual a família, confiando nos protocolos e na estrutura da instituição, deixou o paciente sob os cuidados médicos.
Na manhã seguinte, ao retornarem ao hospital, os familiares afirmam que foram surpreendidos com a informação de que Bruno não havia sido internado e que seu paradeiro era desconhecido. A situação provocou pânico e levou a família a cogitar registrar boletim de ocorrência e a divulgar pedidos de ajuda nas redes sociais. Ainda conforme o relato, mesmo após novas tentativas de obter respostas, a unidade manteve a versão de que não sabia onde o paciente estava.
Somente na tarde de sábado, mais de 12 horas após a entrada de Bruno na unidade, a família foi informada de que ele permanecia nas dependências do hospital. Para os parentes, a postura da Unimed representa omissão, desorganização e falta de transparência, já que a falha na comunicação expôs todos a horas de angústia e incerteza.
No documento, a família ressalta que a mobilização pública foi a única alternativa diante do silêncio do hospital e considera ofensiva a tentativa da instituição de atribuir a eles a responsabilidade pela suposta disseminação de informações falsas. “O que ocorreu não foi fruto de boato: foi consequência direta de omissão, desorganização e falta de transparência por parte da instituição”, diz trecho da nota.
A família cobra que a Unimed reconheça sua responsabilidade, adote medidas para evitar que situações semelhantes se repitam e afirma que avaliará a adoção de medidas legais para reparação dos danos morais e materiais causados.