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Polícia

Bando usava dados de médicos retirados do Portal da Transparência para fazer cartões de créditos

Quinta-feira, 07 Outubro de 2021 - 11:27 | da Redação


Bando usava dados de médicos retirados do Portal da Transparência para fazer cartões de créditos

Na manhã desta quinta-feira (7), 8 mandados de busca e apreensão foram cumpridos por policiais civis, coordenados pelo delegado Swami Otto, titular do Núcleo de Combate às Defraudações (Defraude) de Porto Velho, durante a Operação Antígrafo, que teve como alvo um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias e compras de produtos com cartões de crédito de origem ilícita em Rondônia.

Cerca de 40 policiais saíram às ruas para cumprir as cautelares expedidas pela Justiça. Foi apreendida uma sacola, com vários chips virgens e máquinas de cartão.
Segundo o delegado, as investigações, que duraram 8 meses, iniciaram em fevereiro deste ano, quando duas pessoas foram detidas, após serem flagradas fazendo compras com cartões adquiridos de forma ilícita.

Em um dos casos, um criminoso foi flagrado tentando fazer uma compra no comércio da cidade, usando o cartão feito com dados de uma das vítimas. “O proprietário do local desconfiou, entrou em contato com a vítima e a Polícia foi acionada”, esclareceu Swami Otto.

Durante as investigações, a Polícia conseguiu identificar diretamente de 8 a 10 pessoas que foram vítimas dos criminosos. “As vítimas, que na maioria são médicos da rede pública do Estado, tem seus dados facilmente obtidos no Portal da Transparência, principalmente a renda mensal. Todas elas foram ouvidas e ficaram cientes que seus nomes foram usados por criminosos”, disse o delegado.

Bando usava dados de médicos retirados do Portal da Transparência para fazer cartões de créditos

Empresa criada e compras altas

A Polícia conseguiu identificar uma empresa que foi aberta com capital obtido de forma criminosa. “Os criminosos faziam fraudes bancárias para poder adquirir cartões de créditos para serem usados na compra de produtos de luxo, como por exemplo, Iphones e outros equipamentos”, explicou Swami Otto.

Em uma ação praticada pelo grupo, foram adquiridos dois Iphones 12 Pro Max, somando quase R$ 30 mil em uma única passada de cartão, segundo o delegado. “Os criminosos usam foto deles, mas com dados das vítimas. Eles emitem cartões de créditos e utilizam para realizar compras”, enfatizou Swami Otto.

As investigações apontaram ainda, que a organização criminosa não atua somente em Rondônia, mas sim em outros estados brasileiros. “Ainda estamos fazendo o levantamento para saber a extensão desse grupo”, disse o delegado.

São investigados crimes de associação criminosa, estelionato, falsificação de documento público, lavagem de capitais e corrupção de menores. “Além dos alvos de hoje, mais pessoas são investigadas pela nossa delegacia, por participarem desse esquema criminoso. Eles não foram alvo de buscas ainda porque entendemos que não era o melhor momento para isso, mas continuamos investigando”, finalizou Swami Otto.

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