Polícia
Bueiro no meio da rua está prestes a isolar moradores
Sábado, 02 Abril de 2016 - 15:02 | Da Redacao
Um bueiro que atravessa o Bairro Lagoinha, na Zona Leste de Porto Velho tem sido a dor de cabeça dos moradores da região, principalmente na Rua Ubajara. A via está “dividida” em duas partes, e quem mora na margem esquerda corre o risco de ter a residência isolada devido o assoreamento do canal.
Sem tubulação ou barreira de contenção, o bueiro transborda quando chove, e a margem esquerda está desbarrancando. “Já estamos morando em um ‘beco’ à margem da rua, não podemos sequer receber um material de construção ou entrega feita em caminhão porque os carros maiores não se arriscam a entrar aqui. Estamos vendo a hora acontecer de ficarmos sem saída”, diz a moradora Camila Moreira, que há quatro anos reside no local.
Além do perigo constante de doenças com a presença de ratos e muitos mosquitos, os moradores dizem que é comum o aparecimento de cobras e outros peçonhentos, e até um jacaré já foi visto no bueiro. “Estamos mesmo abandonados. Não passa um ‘fumacê’ aqui para amenizar o problema com a quantidade de insetos. Caminhão de coleta de lixo também só passa na rua principal, a Indáia. Temos que juntar o lixo de dois em dois dias e deixar lá na esquina para que eles coletem. Precisamos que as autoridades tomem providências”, declarou a aposentada Maria de Nazaré Rodrigues.
Camila mora com o esposo e dois filhos, e conta que o menino, de 9 anos de idade, já chegou a cair no canal e foi socorrido por um vizinho. “Por sorte meu filho não se machucou, mas isso aqui quando chove vira uma lama que desliza e faz medo andar deste lado da rua”.
Há aproximadamente 15 dias, o maquinário da Secretaria Municipal de Obras (Semob) passou pela rua, arrastou parte do barro e limpou a margem direita, mas pouco adiantou. “Nenhuma casa aqui tem fossa séptica, e todas as casas tem canos que levam e despejam toda a ‘sujeira’ para o bueiro. O mau cheiro é insuportável. Não temos água encanada, e para beber e cozinhar apenas um morador que tem um poço artesiano serve à vizinhança. Se a água do nosso poço é contaminada o jeito é arriscar para o uso diário de higiene da casa e pessoal”, desabafou Camila.