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Cineamazônia começa nova itinerância e pode entrar no livro dos recordes

Quarta-feira, 11 Maio de 2016 - 13:39 | Da Redacao


Além de ser um dos festivais de cinema mais importantes da região norte e figurar entre os eventos artísticos mais relevantes que tratam da questão ambiental no país, o Cineamazônia também está prestes a entrar para livro dos recordes. Isso porque a etapa itinerante do festival, que começa nesta quarta-feira (11) e vai até o dia 24 de maio, pode se tornar o festival de cinema ambiental itinerante de maior distância percorrida no mundo.

Realizado desde 2008, o festival já percorreu mais de 150.000 quilômetros, visitando dezenas de cidades, distritos e comunidades que povoam a amazônia, levando cinema e arte à lugares praticamente esquecidos por boa parte dos brasileiros, pela grande mídia e até mesmo pelo poder público. Segundo a organização do Cineamazônia, não há registro de outro festival de cinema que percorrera tantos quilômetros e devem levar os dados para o Guiness Book ao final da jornada deste ano.

A caravana não se limita ao território brasileiro. Durante os oito anos de itinerância, o festival já levou o cinema a países como Colômbia, Bolívia, Peru, Portugal, Cabo Verde.

Esta é apenas a primeira etapa do Cineamazônia Itinerante 2016, que consiste em três fases: uma feita por terra, explorando as estradas no meio floresta amazônica; outra feita seguindo o rio Guaporé  e a terceira realizada visitando comunidades da Serra da Estrela, em Portugal.

Nesta primeira fase, por terra, serão visitadas as cidades do Acre, distritos de Porto Velho e comunidades do Peru. O início da jornada será no Peru, nas cidades de Iñapari, Arca de Pacahuara e Planchon, todas próximas à fronteira com o Brasil. Depois a itinerância entra em território brasileiro e visita o município Capixaba, no Acre.

Já em Rondônia, a itinerância passará pelos distritos de Porto Velho, Nova Califórnia, Extrema, Vista Alegre do Abunã, Fortaleza do Abunã, Abunã, União Bandeirantes, Vila Jirau, Rio Pardo e terminando em Jacy Paraná.

Difusão do cinema nacional

Segundo Fernanda Kopanakis, uma das idealizadoras do Cineamazônia, vários fatores fazem com que o festival se diferencia dos outros festivais itinerantes realizados no país e no mundo. A começar pelos locais contemplados pela itinerância. “Nós gostamos de ir em lugares de difícil acesso e que dificilmente receberão a visita de um projeto que leve a sétima arte. Além disso, levamos conosco a missão de inserir nesses lugares a temática ambiental. Para muitos desses locais, falar sobre meio ambiente é quase um acinte. Fora que levamos muito mais que cinema. Tentamos sempre inserir outras formas de arte, como poesia e circo”, afirma Fernanda Kopanakis.

Para ela, o Cineamazônia ainda tem como algo único, o trabalho de difusão do cinema brasileiro. “É algo que poucos fazem, porque vamos a lugares muito simples e onde não existem salas de cinema. Algumas mal tem energia elétrica, por exemplo. Então nós levamos o cinema nacional a esses locais em que, sozinho, ele muito provavelmente nunca teria alcance”, diz Fernanda.

Programação

Durante a itinerância serão projetados curtas metragens e animações produzidos no Brasil e no exterior. A maioria participou da mostra competitiva do Cineamazônia no ano passado.  Entre os escolhidos para a programação está a animação “Até a China”, do diretor carioca Marão. Outra produção do Rio de Janeiro escolhida é “A culpa é do Neymar”, de João Ademir. Outro brasileiro ficção “Garoto Propaganda”, de Christopher Faust, do Paraná.

Destaque também para as produções do próprio festival com direção A animação “Na Boca do Mapinguari”, deÁriston Oliveira e Gaspar Knyppel e a ficção “Ele?!”, de André Cran, são os representantes do Porto Velho deste ano.

O Cineamazônia Itinerante também costuma levar algumas produções de outros países. Este ano, os ecolhidos foram a animação “Aggregat”, da alemã Helene Tragesser -- que participou da mostra competitiva de 2015 e os curtas “Aubade”, de Mauro Carraro (Suíça), e “Objects”, do espanhol Ángel Pascual Berlanga.

Além dos filmes, a caravana também possui como tradição levar às comunidades um pouco da arte circense com a apresentação de palhaços, levando um pouco da magia do circo para as localidades visitadas. Este ano, a dupla Figurita e Aguajito foram os escolhidos para dar mais um toque lúdico nesta primeira etapa da itinerância e envolver ainda mais as crianças no projeto do Cineamazônia.

Cineamazônia

O Festival Cineamazônia surgiu há 14 anos com o objetivo central de fazer a junção entre a sétima arte e o meio ambiente, divulgando e promovendo a mensagem pela sustentabilidade, o respeito à natureza e à tradição dos povos que dela dependem. Isso sem esquecer de divulgar, integrar e promover discussões em torno da produção de cinema e vídeos nacionais e internacionais,legendados ou narrados na Língua Portuguesa.

Cineamazônia, 14ª EDIÇÃO, tem o patrocínio do BNDES, Governo Federal, Ministério da Cultura, Secretaria do Audiovisual, Lei Rouanet. Apoio Cultural da Prefeitura de Porto Velho, através da SEMA e FUNCULTURAL.

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