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Dinâmicas de carbono são estudadas em sistemas agroflorestais amazônicos
Terça-feira, 26 Julho de 2016 - 23:13 | Da Redacao
Muito pouco se sabe como funcionam as dinâmicas de carbono nos sistemas agroflorestais (SAFs) na Amazônia. O tema é de extrema relevância no atual cenário para o desenvolvimento da Amazônia, pois os SAFs podem desempenhar um papel fundamental para conservação da região, bem como nos processos de adaptação e combate às mudanças climáticas.
Os SAFs podem contribuir para diminuir desmatamentos e dar novos usos para áreas degradadas, permitindo aos agricultores diversificar e aumentar sua renda, bem como melhorar aspectos de segurança alimentar, além claro dos benefícios de absorção e estocagem de carbono.
Com o intuito de compreender as relações de absorção e estocagem de carbono nos solos, na vegetação acima e abaixo dos solos e na serapilheira, pesquisadores do CES Rioterra, Universidade Federal de Rondônia - UNIR e Universidade Federal do Paraná - UFPR, estão desenvolvendo pesquisas nas áreas implantadas há 5 anos pelo projeto Semeando Sustentabilidade, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental.
Os dados iniciais, coletados entre os dias 18 e 23 de julho, mostram elevado potencial para absorção. “Os levantamentos preliminares mostram que os SAFs são verdadeiras bombas de sugar carbono, e podem ser bastante significativos no tocante à retirada desse gás de efeito estufa da atmosfera. Vimos que a estocagem pode alcançar valores próximos a 80 toneladas de carbono. Isso pode ser aumentado a depender das espécies utilizadas”, comentou Carlos Sanquetta, Doutor em Engenharia Florestal da UFPR.
“Temos poucos estudos sobre carbono estocado nos solos da Amazônia. Menos ainda sobre dinâmicas de acumulação, estocagem e emissão. Esses estudos nos permitirão obter informação numa escala de detalhes sobre o funcionamento deste compartimento que contém muito mais carbono que aquele estocado na vegetação. Os solos podem se tornar uma imensurável fonte de emissões se perturbado, por isso as ações de conhecimento para fins de planejamento são tão importantes”, falou Alexis Bastos, Doutor em Geografia do CES Rioterra.
Novas etapas de coleta estão previstas para janeiro.