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Polícia

EM BRASÍLIA, EX-POLICIAL CIVIL DE RONDÔNIA TRAMAVA MORTE DE TAXISTA PARA VENDER CARRO E COMPRAR DROGAS NO ESTADO

Quinta-feira, 07 Fevereiro de 2008 - 00:30 | CORREIO BRAZILIENSE


A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) conseguiu impedir um assassinato encomendado por um grupo de traficantes de drogas que agia no Plano Piloto. Após dois meses de investigação, agentes da Delegacia de Tóxico e Entorpecentes (DTE) obtiveram informações sobre o plano de um crime, previsto para ser executado no feriado de carnaval. O bando pretendia assassinar o taxista *Pedro Paulo, que trabalha no ponto de táxi próximo ao hipermercado Extra, no fim da W3 Norte. A idéia era roubar o veículo do trabalhador, avaliado em R$ 58 mil, e trocar a mercadoria por drogas no estado de Rondônia.



Segundo o delegado adjunto da DTE, Luiz Alexandre Gratão, a polícia foi obrigada a parar o veículo logo no início da viagem, quando percebeu que o assaltante já havia anunciado o roubo. “Nós não poderíamos esperar que o pior acontecesse. Logo após sacar a arma, tivemos que interceder. Caso contrário, poderíamos comprometer toda a operação”, conta.

O crime seria realizado por Gilmar da Silva. Ele entrou por volta das 22h no carro do taxista, fingindo ser um passageiro. Sentado no banco traseiro, disse que seguiria para o Setor de Mansões do Lago Norte. Após alguns minutos, anunciou o assalto com uma pistola 765. Foram necessários cinco minutos para que a polícia parasse o carro e evitasse a tragédia. O taxista conta que entrou em pânico. “Ele colocou a arma na minha cabeça e disse que ia me matar, custe o que custasse. Não acredito que consegui sair vivo disso tudo”, lembra, transtornado.

Segundo o delegado adjunto da DTE, Luiz Alexandre Gratão, a polícia foi obrigada a parar o veículo logo no início da viagem, quando percebeu que o assaltante já havia anunciado o roubo. “Nós não poderíamos esperar que o pior acontecesse. Logo após sacar a arma, tivemos que interceder. Caso contrário, poderíamos comprometer toda a operação”, conta.

O filho do mandante do crime havia planejado anunciar o assalto quando o carro estivesse em um terreno entre o Paranoá e Varjão. Ele ficaria encarregado em esconder o corpo da vítima em um buraco e tapar a cova. Ao ser preso em flagrante pelos policiais, Edmar Antônio Chagas Júnior admitiu em partes o plano para matar o taxista. Já o pai, foi pego em barracão no Varjão, usado para a separação de drogas. No local foram encontradas pedras de maconha embalada. Ele também confirmou a intenção de assassinar o colega de trabalho. No entanto, evitou dar qualquer detalhe sobre o roteiro traçado.

Histórico
De acordo com levantamentos da DTE, Edmar Antônio Chagas era policial civil no Estado de Rondônia e foi expulso da corporação por envolvimento com o tráfico. Desde então, trabalhava como taxista em Brasília e mantinha conexões com a rota do tráfico. Segundo colegas, já havia ameaçado por diversas vezes os outros taxistas que trabalhavam em seu ponto. “Ele sempre andava armado. A briga começava com a fila para pegar os passageiros. Ninguém ousava contrariar ele, pois sabia que era perigoso”, conta Pedro Paulo.

A polícia prendeu apenas três integrantes do bando envolvido na tentativa de assassinato do taxista. Eles permanecem na carceragem do Departamento de Polícia Especializado (DPE) e vão responder por tentativa de roubo, tráfico de drogas e associação de quadrilha. Somando os delitos, podem pegar até 15 anos de prisão. Eles serão transferidos para o Complexo Penitenciário da Papuda, onde devem aguardar julgamento.
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