Polícia
Estudantes retomam protestos contra aumento da tarifa de ônibus em frente a prefeitura
Quarta-feira, 18 Maio de 2016 - 15:36 | Da Redacao
O valor da nova tarifa de transporte coletivo urbano em Porto Velho continua gerando protestos na cidade. Grupos de estudantes, que na segunda-feira (16) ocuparam a frente a prefeitura e foram recebidos por autoridades municipais, voltaram a mobilização nesta quarta-feira e agora com apoio de uma Ong.
A líder dos estudantes, Maria Rita da Silva, da União da Juventude Socialista (UJS) voltou a repetir que a crise econômica no país é grande e que eles irão resistir e permanecer em constante mobilização até que a prefeitura desista da ideia de reajustar a tarifa. “Será um aumento real de R$ 8 para cada filho em uma casa. Vai pesar muito para o trabalhador”, afirma.
Maria Rita diz que a mobilização dos estudantes acontece pela internet e que a maioria não está perdendo aulas, uma vez que os que comparecem ao movimento geralmente estudam pela parte da tarde. “As autoridades só trabalham pela manhã, então nossa concentração é nesse horário. Os alunos que estudam pela manhã e estão comparecendo, estão sendo autorizados pelos pais, maiores interessados na causa”.
A líder estudantil condena as justificativas apresentadas pelo Executivo para o aumento da tarifa, entendendo que o Consórcio Sim, por ter concessão provisória não teria direito de ganhar o reajuste. Ela ainda diz que sobre o passe livre, os manifestantes apenas exigem o cumprimento de uma promessa de campanha do prefeito Mauro Nazif. “A mobilização vai continuar até que tenhamos êxito”, finalizou.
Sem chances do passe livre
Segundo o titular da Semtran, Antônio Jorge dos Santos, há algum tempo os próprios estudantes pediram o aumento da tarifa de ônibus porque à época eles entendiam que seria o caminho para ter melhorias no serviço. “Agora, surpreendentemente, eles são contra o reajuste. E sobre a questão do passe livre é inviável, pois alguém tem que pagar. Precisa de subsídio, mas capital nenhuma tem como fazer isso. Não é viável”, diz o secretário.